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Em até três anos, 500 micos-leões devem ser vacinados contra a febre-amarela

A espécie primata é endêmica da Mata Atlântica fluminense. Foto: Squirrel_photos/Pixabay

Para combater uma mortal ameaça da febre-amarela ao mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia), uma vacinação inédita no mundo, desenvolvida pela Bio-Manguinhos/Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), já imunizou 58 primatas da espécie. A ação teve início no final de outubro e foi conduzida pela AMLD (Associação Mico-Leão-Dourado). A primeira fase do programa prevê a vacinação de 500 micos-leões-dourados em até três anos.

Segundo dados da ONG fluminense, a febre amarela causou grandes perdas para a espécie, que é endêmica da Mata Atlântica do Rio de Janeiro. Uma população desses primatas estimada em 3.700 indivíduos, em 2014, caiu para 2.500 em 2019 – uma redução de 30%.

A epidemia de febre amarela se espalhou pelo Sudeste a partir de 2016 – sendo a mais severa no país em 80 anos. Em 2018, foi documentada a primeira morte de um mico-leão-dourado.

Mudas nativas em projeto de conservação
A Associação Mico-Leão-Dourado atua em dois projetos para a conservação do mico-leão-dourado junto com  as ONGs Funbio (Fundo Brasileiro para a Biodiversidade) e a Exxon Mobil. Com o nome de “Parceria: Restauração Florestal para a Conservação do Mico-Leão-Dourado”, a iniciativa em conjunto tem a finalidade de plantar 20 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica em Silva Jardim, no interior do Estado do Rio.

No município,  onde fica a Reserva Biológica de Poço das Antas, e em Bonito e Casimiro de Abreu, se concentram populações da espécie em fragmentos florestais nativos.

O mico-leão-dourado é um primata arbóreo. Ele pode ter até 50 centímetros, pesa cerca de 600 gramas e possui densa pelagem dourado-alaranjada, com uma típica juba.