Search

Anuncie

(21) 98462-3212

Animais zumbis? Conheça 5 casos de roubo de corpos entre espécies

Os filmes de zumbis entenderam tudo errado. A preocupação não deveria ser com um vírus zumbificante dando aos mortos a vontade de comer cérebro. Mas, com os parasitas: estes sim, os verdadeiros zumbis da natureza.

Aqui estão cinco dos exemplos mais chocantes de zumbificação genuína no mundo animal. Continue lendo e tente não gritar com esse “The Walking Dead” da vida selvagem!

Uma vez dentro do corpo do tatuzinho (no alto), o parasita Plagiorhynchus cylindraceus controla o seu cérebro. Foto: Reprodução

Vítima: Tatuzinho
Vilão: Plagiorhynchus cylindraceus

Tatuzinhos, tatuzinhos-de-jardim, tatu-bolinha, são membros bonitinhos e inofensivos do mundo dos insetos, certo?
Isso se eles não pudessem ser controlados por um abominável parasita acantocéfalo (Plagiorhynchus cylindraceus). Este parasita vive no trato digestivo de passarinhos chamados estorninhos, e acaba sendo defecado direto nas mandíbulas dos tatuzinhos.
Uma vez dentro do corpo do tatuzinho, o parasita controla o cérebro do mesmo e faz com que o pobre zumbizinho faça coisas doidas, como ficar bem à vista de seu predador, o estorninho. Uma vez completa sua jornada, o parasita parte para encontrar outro tatuzinho para praticar o controle da mente.

O veneno da vespa paralisa a barata, a mantém viva, mas incapacitada, e depois implanta os ovos no abdômen do inseto. Foto: Pixabay

Vítima: Barata
Vilã: Vespa

Esse ataque de zumbificação parece cena de filme de ação: um golpe rápido no cérebro faz de um transeunte inocente a vítima de um ataque brutal seguido de sequestro. Exceto que, desta vez, a vítima indefesa é um dos insetos mais detestados do mundo – a barata – e o vilão é uma vespa.
Nesta história animal da vida real, o veneno da vespa paralisa a barata. Depois de ser arrastada até a toca da vespa, a barata continua viva, mesmo que em seu abdômen sejam implantados os ovos da vespa.
As larvas eclodem mais tarde e comem a barata, ainda viva, mas incapacitada, de dentro para fora. Um mês depois, a vespa madura voa para longe da cena do crime, deixando para trás apenas uma carcaça podre.

Uma formiga zumbi com o fungo manipulador do cérebro (Ophiocordyceps unilateralis sl). Foto: Reprodução

Vítima: Formiga
Vilão: Fungo invasor de corpos

As descobertas de zumbis no reino animal acontecem o tempo todo. Recentemente, cientistas descobriram quatro novos tipos de fungos invasores de corpos que são predadores das formigas carpinteiras.
O fungo Ophiocordyceps unilateralis sl infecta as formigas e começa a usar sinais químicos para dirigi-las para um caminho muito estranho. A formiga zumbi deixa sua colônias e se prende com as mandíbulas ao lado de baixo de uma folha, onde fica.
O fungo se multiplica ali e causa a morte da formiga. Em seguida, produz uma haste sobre a cabeça da formiga morta, de onde são lançados esporos para mais fungos que vão trazer mais formigas para o clube.

Craca parasita Sacculina faz um buraco na casca do caranguejo para montar seu ninho. Foto: Reprodução

Vítima: Caranguejo
Vilão: Sacculina

É a velha história do caranguejo encontra craca, mas com uma mudança. A craca parasita Sacculina fêmea quer fazer ninho dentro de um caranguejo, então procura uma forma de entrar – e quando consegue, deixa aquele corpo velho de mexilhão para trás.
Uma vez dentro, o parasita faz um uma linda casinha que se parece com um tumor, estendendo tentáculos pelo corpo do caranguejo e lentamente comendo seu hospedeiro.
Depois de matar os órgãos sexuais da nova casa, o parasita transforma o caranguejo em uma babá. Enquanto o caranquejo perde o interesse em qualquer coisa, exceto servir seu senhor zumbificante, a craca faz um buraco na casca do caranguejo e convida machos dispostos a vir e acasalar. E aí, os bebês vão ser bem cuidados em uma casa aconchegante.

A aranha Plesiometa argyra gasta suas últimas horas de vida construindo um casulo de seda, que se torna lar das vespas parasitas. Foto: Reprodução

Vítima: Aranha Plesiometa argyra
Vilão: Vespa Hymenoepimecis sp

Pobre Plesiometa argyra. Esta espécie de aranha costa-riquenha só quer pegar alguns insetos, mas em uma dessas pode se tornar vítima de uma vespa parasita (Hymenoepimecis sp), que coloca suas larvas dentro do corpo do animal.
Em vez de fazer sua teia, a aranha gasta as últimas noites de sua vida construindo um casulo de seda, que se torna o novo lar de suas algozes.
Quando o saco de seda está pronto, as larvas matam a aranha. Elas então passam a residir no casulo, penduradas com segurança longe dos predadores que vivem no solo da floresta tropical. Isso que é gratidão… só que não!

Fonte: Live Science