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Conheça o tatu-galinha, espécie que habita de florestas tropicais à caatinga

O tatu-galinha não é endêmico do Brasil e também é conhecido por outros nomes, como tatuetê, tatu-folha e tatu-nove-bandas.
Foto: Gerson Buss/ICMBio/Reprodução

Ordem: Cingulata

Família: Dasypodidae

Nome científico: Dasypus novemcinctus

Nomes comuns por região/língua: Português – tatu-galinha, tatuetê, tatu-folha, tatu-nove-bandas, tatu-veado, tatu-verdadeiro (Superina & Aguiar 2006).
Inglês – nine banded armadillo; common long nosed armadillo (Superina & Aguia 2006).
Outros – mulita grande (espanhol), tatú, cachicamo (espanhol), tatú-mula (espanhol); tatou à neuf bandes (francês) (Superina & Aguiar 2006).

Categoria e critério para a avaliação da espécie no Brasil: Menos Preocupante (LC). É uma espécie comum e possui ampla distribuição, é relativamente tolerante a alterações ambientais e as ameaças detectadas não comprometem a população como um todo.

Descrição da espécie: Dasypus novemcinctus é a segunda maior espécie do gênero (a maior é D. kappleri). A cabeça é alongada, com escudo cefálico que se estende quase até a extremidade do focinho longo e pontudo. A carapaça é de coloração pardo-escura, com escudos amarelados de intensidade variável principalmente nas cintas móveis. Possui geralmente nove cintas móveis, entretanto este número pode variar de 8 a 11 cintas móveis. A cauda tem de 12 a 15 anéis de escudos dérmicos que decrescem em tamanho rumo à porção distal, onde os escudos estão distribuídos de maneira irregular. Tem quatro dedos em cada membro anterior e cinco no posterio. Os indivíduos jovens de D. novemcinctus geralmente são confundidos com adultos de D. septemcinctus. São reconhecidas seis subespécies, sendo que quatro delas ocorrem na América do Sul. A subespécie Dasypus novemcinctus mexianae é endêmica ao delta do Rio Amazonas, Pará.

Biologia: É a mais bem conhecida espécie de tatu quanto a sua biologia, embora quase a totalidade dos trabalhos com esta espécie seja na porção extremo norte de sua distribuição (Estados Unidos). Os adultos de D. novemcinctus têm hábito crepuscular e/ou noturno, mas também podem ser observados durante o dia dependendo da temperatura ambiente. Os juvenis têm seu máximo de atividade durante a manhã e no final das tarde. Esta espécie alimenta-se principalmente de invertebrados, mas pode consumir material vegetal, pequenos vertebrados, ovos e carniça. Esta espécie também possui variação sazonal em sua dieta em sua distribuição norte.

Peso: Entre 3,2 kg e 4,1kg. Pode chegar a 7,7kg.

Tamanho: Varia de 39,5 a 57,3cm de comprimento. Já a cauda mede de 29,0 a 45,0cm de comprimento.

Reprodução: Durante o período de acasalamento o macho segue a fêmea e ambos forrageiam juntos por vários dias. O período de gestação é de 120 dias ou 70 dias. Geralmente nascem quatro filhotes de 30 a 50g cada do mesmo sexo e provenientes de um mesmo óvulo fecundado. O desmame ocorre depois de quatro a cinco meses.

Distribuição geográfica: A espécie não é endêmica ao Brasil, ocorrendo também nos Estado Unidos, México, Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Venezuela, Antilhas (Ilhas de Granada, Trindade e Tobago), Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.
Esta espécie tem a maior distribuição geográfica dentre todas as espécies de Xenarthra. Ocorre desde o sul dos Estados Unidos atravessando a América Central indo até o noroeste da Argentina e Uruguai. Ocorre ao longo de todo o território brasileiro, em todos os biomas brasileiros: Amazônia, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal, Pampa e Cerrado.

Habitat: Florestas primárias e secundárias e de florestas tropicais densas à caatinga e cerrados. 

Fonte: ICMBio