Pequeno, gracioso e peludinho. O ferret ainda não é tão popular no Brasil, mas começa a se firmar como uma opção para quem procura um bichinho de estimação exótico e cheio de qualidades. O ferret é pura simpatia. Fácil de ser treinado e bem-humorado, jamais despreza a companhia do tutor para uma boa brincadeira. Aliás, diversão é uma de suas palavras-chave.
“O ferret alegra qualquer ambiente. É muito divertido conviver com esse bichinho. A minha ferret, Cersei, é muito esperta, sabe a hora que chego em casa, atende pelo nome e faz de tudo para chamar a minha atenção e eu brincar com ela. Ela me segue até quando estou tomando banho e entra no box comigo. É uma figurinha!”, afirma a estudante Flávia Marques.
Silencioso, este pequeno mamífero é ideal para ser criado em apartamento. “Ele ocupa pouco espaço e aprende rápido a se comportar. Mas é muito curiosos, por isso é preciso ficar muito atento. Basta ele encontrar uma gaveta ou porta de armário aberta que quer logo explorar, entra em buracos com facilidade e quer brincar com tudo o que vê pela frente”, conta o veterinário Carlos Henrique Alves.
Manter um ferret é tarefa simples. Normalmente, é mantido em gaiola própria, mas precisa sair para brincar e se exercitar por algumas horas por dia. “Ele precisa de atenção, isso é fundamental para ele não ficar deprimido”, avisa o especialista.
O ferret também se acostuma facilmente a passear com o tutor usando peitoral e guia ou dentro de bolsas especiais para carregá-los.
Comércio controlado
O ferret não é um roedor, ao contrário do que muitos pensam. Trata-se de um pequeno mamífero carnívoro da família dos mustelídeos. O ferret também é conhecido por furão. Na verdade, ele é um primo do furão selvagem, assim como a doninha, a lontra e o mink.
O nome científico do ferret é Mustela putoris furo e tem origem na palavra ‘musk’ (almíscar), por possuir glândulas próximas ao ânus, que são retiradas dos animais que chegam legalizados ao Brasil. A reprodução ainda é proibida e apenas animais castrados podem ser importados. Os animais comercializados em lojas e criadouros autorizados pelo Ibama possuem um microship implantado sob a pele para facilitar o controle e a identificação.
Fácil de criar
Alimentação. Ração própria para ferrets, rica em proteínas. Além de ração, pode-se oferecer frutas. Nunca lhe dê doces ou comida caseira. A ração deve estar disponível nos comedouros da gaiola. Ele se alimenta de pequenas porções durante todo o dia.
Higiene. O banho pode ser dado a cada 15 dias, com xampu para ferrets ou para gatos. Deve-se usar água morna e tomar cuidado com olhos e nariz. As orelhas devem ser limpas com chumaço de algodão. As unhas também devem ser aparadas.
Gaiola. As medidas mínimas devem ser: 45 cm (comprimento) x 45 cm (largura) x 45 cm (altura). O ferret precisa de pelo menos três horas de exercícios diários fora da gaiola. Mantenha comedouro, bebedouro e um pedaço de pano ou rede para ele dormir. Deixe também uma caixa de areia no canto da gaiola para servir de banheiro.
Treino. Quando estiver brincando, deixa a porta da gaiola aberta para que ele possa retornar sozinho, caso queira dormir, comer ou fazer suas necessidades.
Comportamento. O ferret pode passar por buracos de até 2,5 cm. Verifique lugares e objetos que possam oferecer perigo: portas, janelas, ralos, vaso sanitário, fios elétricos, plantas, tomadas e produtos tóxicos.
Vacinas. Deve ser vacinado contra cinomose e raiva anualmente. As vacinas não são as mesmas de cães e gatos. Procure um veterinário especializado em animais exóticos.
Quanto custa. O ferret custa de R$ 2,5 mil a R$ 4,5 mil.