Ele é uma espécie de anfíbio da família Brachycephalidae e seu tamanho é minúsculo: mede de 0,8 a 1,3 cm (algo pouco maior que a unha do nosso dedão!), sendo considerado um dos menores vertebrados existentes. Endêmico da Mata Atlântica, onde pode ser encontrado somente nos arredores do município de Ubatuba, no estado de São Paulo, o sapinho-pitanga (Brachycephalus pitanga) também chama a atenção pela coloração chamativa e pelo canto, que os machos utilizam para defender seu território e atrair as fêmeas.

A cantoria para a conquista é grande, mas há um inusitado detalhe nesses sapinhos: machos e fêmeas não têm a habilidade de ouvir – o que intriga os pesquisadores nos estudos em andamento sobre a espécie. Afinal, como esse coaxar poderia atrair parceiras, já que não ouvem? Não há uma resposta definitiva até o momento, mas os estudos indicam que, possivelmente, o ato de vocalizar produz sinais visuais que são perceptíveis aos seus semelhantes.

Pele sensível e abraço durante o namoro

De acordo com o Projeto Mata Atlântica, esses pequenos anfíbios respiram pela pele, que é bem fina e sensível, e por isso precisam se manter sempre úmidos. Devido a essa característica, eles quase não são vistos nos meses mais secos do ano (de abril a setembro). E mesmo no período mais chuvoso (de outubro a março) muitas vezes preferem ficar escondidos debaixo da camada de folhas secas no chão da mata.

Outra curiosidade quanto ao ritual de conquista da espécie, é que quando um macho atrai uma fêmea, ele a abraça. E assim permanecem, abraçadinhos, até que ela encontre um bom lugar para colocar seus ovos – três a cinco ovos, de aproximadamente um milímetro de diâmetro -, sob as folhas secas no chão da mata.

Classificação científica:

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Amphibia
Ordem: Anura
Família: Brachycephalidae
Gênero: Brachycephalus
Espécie: B. pitanga
Nome científico: Brachycephalus pitanga
Nome em inglês: Red pumpkin toadlet