Quando embarcações chegam ao remoto Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes (Refúgio de Alcatrazes) são recepcionadas pelas típicas aves marinhas que habitam o local. São espécies como fragatas (Fregata magnificens), gaivotões (Larus dominicanus) e atobás (Sula Leucogaster) fazendo alvoroço no céu e ávidas por garantir sua refeição no mar, comumente movimentado por grupos de golfinhos-pintados-do-Atlântico (Stenella frontalis).
Localizado no litoral norte de São Paulo, no município de São Sebastião, o Refúgio de Alcatrazes concentra uma das maiores biodiversidades do país, com mais de 1.300 espécies – sendo 100 ameaçadas de extinção, entre elas, a perereca de Alcatrazes (Scinax alcatraz) e a jararaca de Alcatrazes (Bothrops alcatraz), além de espécies vegetais endêmicas, como o antúrio (Anthurium alcatrazensis), e a begônia (Begonia venosa).
Em 2016, o refúgio foi reconhecido como Unidade de Conservação Federal, servindo como área de alimentação, reprodução e descanso para mais de 10 mil aves marinhas e diversas e raras espécies de peixes, como o Peixe-lua (Mola mola) e a Raia Manta (Mobula birostris).Tamanhas características de preservação fizeram do local uma referência para estudos científicos sobre ecossistemas marinhos.
O arquipélago também faz parte da rota de migração das baleias jubarte (Megaptera novaengliae) – que podem ser avistadas entre junho e novembro, quando elas percorrem o litoral brasileiro para se reproduzirem – e também das baleias-de-Bryde (Balaenoptera edeni).
A visitação pública ao Refúgio de Alcatrazes é permitida para prática de mergulho, mas somente pode ser realizada com empresas e condutores autorizados pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
Consulte no site Gov.br como agendar uma visita ecoturística em unidades de conservação.
Conheça um pouco da biodiversidade da região:
Tartaruga-verde. Foto: David Hark/Pixabay
Peixe-lua. Foto: Penny.K30/Pixabay
Tubarão-martelo. Foto: Baechi/Pixabay
Raia manta. Foto: Elias Sch/Pixabay