
Foto: Canva.com
Os peixes têm olfato. E para lá de apurado, permitindo a percepção de odores liberados a grandes distâncias. Para testá-lo, você – principalmente quem tem um aquário em casa – pode perceber com que rapidez eles localizam comida no escuro.
As narinas dos peixes, localizadas no topo da cabeça, de cada lado, destinam-se basicamente a captar as partículas de odor, já que eles respiram pelas guelras e boca. Quando estão em movimento a água entra nelas e, conduzida por aletas que atuam como funil, vai até os órgãos sensoriais, o que permite farejar outros peixes e alimentos. É um sentido geralmente bastante desenvolvido, destacando-se os tubarões e as raias – encontradas em regiões oceânicas tropicais, subtropicais e temperadas, e que na maioria das vezes ficam no fundo do mar – com grande sensibilidade.
Sentido fundamental
O olfato é o sentido mais importante do que a visão para alguns peixes – em especial os noturnos e os das profundezas -, já que há pouca ou nenhuma luz no fundo do mar.
No caso dos peixes cegos – como as espécies que vivem em cavernas escuras de água doce, por ex: o bagre-cego de Iporanga (Pimelodella kronei) -, esses chegam a disputar a comida de igual para igual com os que enxergam, graças ao olfato apurado.
Em alguns grupos de peixes, como nos salmões, o olfato permite distinguir moléculas odoríferas na concentração de 1ppb, ou seja, 1 molécula em um bilhão de moléculas. Incrível, não? É um dos fatores que permite aos salmões retornar ao seu local de nascimento para reprodução.
Outra curiosidade a respeito desse sentido é que algumas espécies, quando submetidas a um alto nível de estresse, exalam uma substância chamada ‘schrecksoffen’. Essa composição química serve como alarme aos outros peixes, indicando que existe perigo presente.
Leia mais: Aquarismo: cinco espécies para iniciantes
Leia mais: Aquarismo: coisas que você não deve fazer
Leia mais: Peixe Betta: manual de cuidados