Bizzzzzzz. Bizzzzzz. Bizzzzz. Lá vem o mosquito dando zumbidos e batendo suas asas, sedento para picar um humano. Dependendo da época do ano, umidade ou temperatura, esses insetos irritantes e que, assim como as moscas, podem nos transmitir doenças, estão ainda mais presentes. Mas, você já se perguntou, quanto tempo vivem?
Mais de 3.000 espécies de mosquitos habitam o planeta e cerca de seis delas são as que mais transmitem doenças no Brasil – febre amarela, dengue, zika, chikungunya, malária e etc. Esses insetos, também chamados de muriçoca ou pernilongo em algumas regiões, são capazes de se adaptar perfeitamente ao seu habitat e ao local onde vivem, podendo sobreviver a todos os tipos de condições.
Ciclo de vida curto e dividido em quatro estágios
Os mosquitos têm uma vida útil curta, geralmente entre 10 e 30 dias. Seu ciclo é dividido em quatro estágios de desenvolvimento: ovo, larva, pupa e adulto. A expectativa de vida desses insetos depende de outros fatores como umidade, alimentação, sexo, estação do ano e espécies. Em geral, as fêmeas têm uma vida mais longa que os machos, pois seu ciclo é mais longo devido à postura de ovos.
A fêmea do mosquito coloca ovos um a um ou em grupos de 50 a 200, conhecidos como navículas por serem semelhantes a pequenos navios. Esta forma dá a capacidade de flutuarem na água. Outras espécies colocam seus ovos no chão, permanecendo adormecidos até que o solo seja inundado.
Os ovos eclodem 24 a 48 horas depois que a fêmea os deposita. As larvas são sempre aquáticas e completam sua evolução aumentando de 1mm a 12 mm, embora isso varie de acordo com a espécie. Da mesma forma, a duração desta fase varia dependendo da temperatura. As larvas podem se mover por contração e se alimentar filtrando matéria orgânica, como algas.
No final da fase larval, o mosquito inicia a sua transformação que lhe permite passar da água para o ar, graças ao desenvolvimento do seu sistema. Esta fase dura entre dois e três dias e não requer alimentação. As pupas do mosquito permanecem na superfície da água e podem ser submersas por contrações.
Já na fase adulta, o inseto sai da água e tem a capacidade de voar. Tanto machos quanto fêmeas se alimentam do néctar das flores e, ao contrário do que muitos podem pensar, não bebem sangue para se alimentar. A fêmea do mosquito é a única que ingere sangue e o faz para obter uma proteína necessária para a maturação dos ovos.
Antes do período de hibernação, as fêmeas se alimentam de todo o néctar possível para poder se alimentar durante esse processo. Durante o tempo de hibernação, a fêmea se refugia em locais protegidos, enquanto os machos morrem.
MAIS CURIOSIDADES SOBRE OS MOSQUITOS
Você sabia?
-Acredita-se que os mosquitos tenham evoluído há cerca de 170 milhões de anos. O primeiro registro conhecido ocorreu durante o período Jurássico (há 199 a 144 milhões de anos), sendo o mais antigo fóssil conhecido do Cretáceo (há 144 a 65 milhões de anos).
-Em várias partes do Brasil, faz-se distinção entre mosquito e pernilongo. O primeiro refere-se a pequenas moscas, como as drosófilas, enquanto que o segundo, é também referido como “muriçoca”. Na maioria dos estados da região Norte, o pernilongo chama-se “carapanã”. As fêmeas do pernilongo são também conhecidas popularmente como “melgas” ou “trompeteiros”.
-Os mosquitos preferem as cores escuras. Portanto, se você quer evitar ser alvo das picadas, é melhor optar por roupas de cores claras na hora de fazer sua trilha pelas matas.
-Os mosquitos são atraídos por elementos químicos, como o dióxido de carbono, emitido quando a pessoa respira e o ácido láctico, um componente presente no suor. Sabe quando você anda com alguém por um local repleto de mosquitos, mas parece que só você é picado? É que algumas pessoas são ‘mais apetitosas’ para esses insetos, porque emitem mais esses elementos que outras.
-As espécies de mosquitos que mais transmitem doenças no Brasil são: Anopheles, popularmente conhecido como mosquito-prego (transmissor da malária); Aedes aegypti (transmite dengue, zika, chikungunya); Flebótomo, também chamado mosquito-palha (transmissor da leishmaniose); Aedes albopictus (transmite as doenças dengue e febre amarela); Culex quinquefasciatus (transmitem febre do Nilo ocidental, zika e elefantíase), Haemagogus e Sabethes (transmitem febre amarela).
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