Modalidade da fisioterapia que compreende exercícios aquáticos, a hidroterapia também mostra-se benéfica na medicina veterinária. A técnica busca a recuperação funcional e a reeducação motora de animais que sofreram algum tipo de lesão óssea como fraturas, problemas musculares de uma forma geral e estão em processo de reabilitação.
Além de trabalhar o físico, a hidroterapia também reduz a sensibilidade à dor, o que possibilita a realização de exercícios que seriam dolorosos fora d’água.
“O trabalho pode ser feito em piscina de água quente ou fria, em imersões parciais ou totais dentro de uma piscina. A pressão da água no corpo do animal faz uma espécie de massagem e propicia um padrão de relaxamento muscular, o que torna os exercícios menos estressantes”, diz a veterinária Renata Baumotte.
Os efeitos terapêuticos da hidroterapia são alívio das dores e do espasmo muscular, amplitude dos movimentos das articulações, redução dos músculos paralisados, melhora das atividades funcionais da marcha, aumento da circulação sanguínea e a melhora cardiorrespiratória.
Cães com sequelas de doenças como a cinomose, que afeta a parte física e neurológica, também podem ser beneficiados. Um exemplo é o mestiço de labrador Ragnar, de aproximadamente 2 anos, que foi resgatado das ruas com grande dificuldade de locomoção. “Há três meses ele iniciou o tratamento de hidroterapia. Antes, ele mal parava em pé, mas em poucas semanas evolui muito. Ele vem recuperando bem seu equilíbrio e até já consegue caminhar”, comemora a professora Lídia Costa.
A hidroterapia é contraindicada em animais com problemas cardíacos, portadores de insuficiência renal, com infecções de pele ou diarreia. Em cadelas prenhes, as imersões na água devem ser parciais e por períodos curtos.