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Aquarismo: evite a alta concentração de amônia, que é tóxica para os peixes

É importante não exceder a população de peixes no aquário. Fotos: Pixabay

Restos de alimentos, peixes mortos, plantas em decomposição, fezes, entre outros materiais orgânicos formam a amônia (NH3), um gás altamente tóxico para a maioria dos peixes ornamentais. Na natureza, com o volume de água é extremamente alto, esses resíduos são diluídos. Mas no aquário, por ser um ambiente limitado, essa concentração pode ser prejudicial.

“A amônia, no contato com a água, forma o Hidróxido de Amônio (NH40H). O excesso dessa composição torna-se corrosivo e bloqueia a distribuição de oxigênio, levando os peixes à morte”, avisa o biólogo Maurício Terra Júnior.

Outros fatores podem contribuir para a toxidade da amônia, como temperatura pH e sanilidade da água. Por isso é importante uma manutenção rígida no aquário, mantendo esses níveis sob controle. Os peixes que começam a sentir os efeitos nocivos da amônia mostram-se ofegantes, apáticos e passam a nadar na superfície.

“Algumas espécies ainda podem ser mais sensíveis a esses efeitos, como neons, acarás e peixes marinhos. Outras são mais resistentes, como os paulistinhas e os japoneses”, diz o biólogo.

O excesso de amônia torna-se corrosivo e bloqueia a distribuição de oxigênio

Monitoramento periódico

Para evitar o acúmulo de amônia é importante não exceder a população de peixes no aquário e fornecer apenas a quantidade necessária de alimento, evitando as sobras. Deve-se, também, monitorar periodicamente o funcionamento do sistema de filtragem do aquário, a sifonagem de fundo e fazer trocas de água periodicamente.

Existem vários kits de testes para medição de amônia, entre produtos nacionais e importados. Se o teste indicar excesso, deve-se trocar de 20% a 30% do volume d’água para reduzir a amônia a níveis aceitáveis. “O ideal, também, é ter uma bomba de ar eficiente, pois o gás tende a sair com a movimentação da água. Plantas naturais também são importantes, porque são boas consumidoras de amônia”, ensina Maurício.