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Conheça os animais com vida mais longa na Terra

O reino animal possui uma expectativa de vida incrivelmente longa que excede em muito a média humana. Embora os humanos possam ter um “limite absoluto” de 150 anos, isso é apenas um piscar de olhos em comparação com os séculos e milênios pelos quais alguns animais vivem. E alguns animais podem até interromper ou reverter totalmente o processo de envelhecimento.

Embora existam animais terrestres de vida muito longa (a tartaruga mais velha, por exemplo, tem quase 190 anos), nenhum deles faz parte desta lista – os verdadeiros campeões da idade longeva vivem todos na água. Dos mais velhos aos que têm potencial de imortalidade, aqui estão 10 dos animais com vida mais longa no mundo hoje.

Genes da baleia-da-Groelândia revelam pistas de uma vida mais longa. Foto: Reprodução
  1. Baleia-da-Groenlândia (200 + anos)

As baleias-da-Groenlândia (Balaena mysticetus) – também chamadas de baleia franca da Groenlândia, baleia polar, baleia russa ou bowhead whale – são os mamíferos de vida mais longa. O tempo de vida exato das baleias árticas e subárticas é desconhecido, mas pontas de arpão de pedra encontradas em alguns indivíduos provam que eles vivem confortavelmente mais de 100 anos, e podem viver mais de 200 anos, de acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA).

As baleias têm mutações em um gene chamado ERCC1, que está envolvido no reparo do DNA danificado, o que pode ajudar a proteger as baleias do câncer, uma causa potencial de morte. Além disso, outro gene, denominado PCNA, tem uma seção que foi duplicada. Este gene está envolvido no crescimento e reparo celular e a duplicação pode retardar o envelhecimento.

O peixe Rougheye rockfish (Sebastes aleutianus) vive nas águas profundas do Oceano Pacífico. Foto: Reprodução


2. Rougheye rockfish (205 anos)

O peixe Rougheye rockfish (Sebastes aleutianus) é um peixe-espada do gênero Sebastes e um dos peixes de vida mais longa. É conhecido também como blacktip rockfish.

Chega a atingir 1 metro de comprimento e peso de até 6,7 kg. Semelhante a muitos outros membros de seu gênero, sua expectativa de vida é extremamente duradoura. É conhecido por atingir uma idade de 205 anos. O habitat desses peixes rosados ou acastanhados são águas profundas do Oceano Pacífico da Califórnia ao Japão. Eles comem outros animais marinhos, como camarões e peixes menores.

O mexilhão-de-rio mais antigo tinha 280 anos. A vida longa se deve ao seu baixo metabolismo.
Foto: Reprodução


3. Mexilhão-de-rio (280 anos)

Antes de se tornar comum o uso de pérolas de espécies marinhas, o mexilhão-de-rio (Margaritifera margaritifera) foi durante vários séculos o principal recurso para a produção destas pedras preciosas na Europa. Em média, apenas um em cada 3.000 destes mexilhões contém uma pérola no seu interior.

São animais marinhos bivalves – que têm corpo protegido por uma concha que tem duas valvas – que filtram partículas de comida da água. Eles vivem principalmente em rios e riachos e podem ser encontrados na Europa e América do Norte, incluindo os EUA e Canadá. O mais antigo mexilhão-de-rio (também chamado de mexilhão de pérola de água doce) conhecido tinha 280 anos, de acordo com o World Wildlife Fund (WWF). Esses invertebrados têm longa vida útil graças ao seu baixo metabolismo.

O maior tubarão-da-Groelândia estudado por cientistas foi estimado em cerca de 392 anos. Foto: Reprodução


4. Tubarão-da-Groenlândia (272 + anos)

Os tubarões-da-Groenlândia (Somniosus microcephalus) vivem nas profundezas dos oceanos Ártico e Atlântico Norte. Eles podem crescer até 7,3 metros de comprimento e têm uma dieta que inclui uma variedade de outros animais, incluindo peixes e mamíferos marinhos, como focas..

Um estudo de 2016 do tecido ocular de um tubarão-da-Groenlândia, publicado na revista “Science”, estimou que esses tubarões podem ter uma vida útil máxima de pelo menos 272 anos. O maior tubarão nesse estudo foi estimado em cerca de 392 anos, e os pesquisadores sugeriram que os tubarões poderiam ter até 512 anos. As estimativas de idade vieram com um grau de incerteza, mas mesmo a estimativa mais baixa de 272 anos ainda torna esses tubarões os vertebrados mais longevos da Terra.

Alguns espécimes de vermes tubulares sobrevivem por mais de 300 anos. Foto: Reprodução

5. Vermes tubulares (300 + anos)

Vermes tubulares são invertebrados que têm longa vida no ambiente frio e estável das profundezas do mar. Um estudo de 2017 publicado na revista “The Science of Nature” descobriu que Escarpia laminata, uma espécie de verme tubular que vive no fundo do oceano no Golfo do México, vive regularmente até 200 anos, e alguns espécimes sobrevivem por mais de 300 anos. Os vermes tubulares têm uma baixa taxa de mortalidade com poucas ameaças naturais, como a falta de predadores, o que os ajudou a evoluir para uma vida longa.

Um indivíduo dessa espécie de marisco foi coletado em 2006 com 507 anos. Foto: Wikimedia/Hans Hillewaert

6. Quahog do oceano (500 + anos)

Os mariscos quahog do oceano (Arctica islandica) habitam o Oceano Atlântico Norte. Esta espécie de água salgada pode viver ainda mais do que o outro bivalve – animais que têm corpo protegido por uma concha que tem duas valvas – desta lista, o mexilhão-do-rio. Um marisco quahog oceânico coletado na costa da Islândia em 2006 tinha 507 anos, de acordo com o Museu Nacional de Gales, no Reino Unido. O molusco antigo foi apelidado de Ming porque nasceu em 1499, quando a Dinastia Ming governou a China (de 1368 a 1644).

Uma nova espécie de coral negro coletada no Havaí tinha estimados 4.265 anos. Foto: Reprodução


7. Coral negro (4.000 + anos)

Os corais parecem rochas e plantas coloridas e subaquáticas, mas na verdade são feitos de exoesqueletos de invertebrados chamados pólipos. Esses pólipos se multiplicam e se substituem continuamente, criando uma cópia geneticamente idêntica que, com o tempo, faz com que a estrutura do exoesqueleto do coral cresça cada vez mais. Os corais são, portanto, compostos de vários organismos idênticos, em vez de um único organismo, como tubarões-da-Groenlândia ou mariscos do oceano, portanto, a vida útil de um coral é mais um esforço de equipe.

Os corais podem viver centenas de anos ou mais, mas os corais negros de águas profundas (Leiopathes annosa) estão entre os de vida mais longa. Cientistas estimaram que espécimes de corais negros coletados na costa do Havaí tinham 4.265 anos de idade.

Esponja de vidro pertencente à espécie Monorhaphis chuni com cerca de 11.000 anos. Foto: Reprodução


8. Esponja Monorhaphis chuni (11.000 + anos)

As esponjas marinhas ou poríferos são formadas por colônias celulares, semelhantes aos corais, e também podem viver por milhares de anos. As esponjas de vidro estão entre as criaturas de vida mais longa da Terra. Os membros desse grupo são frequentemente encontrados no fundo do oceano e têm esqueletos que se assemelham a vidro, daí seu nome. Um estudo de 2012 publicado na revista “Chemical Geology” estimou que uma esponja de vidro pertencente à espécie Monorhaphis chuni tinha cerca de 11.000 anos. Outras espécies de esponjas podem viver ainda mais.

Como o nome indica, a medusa imortal pode viver para sempre. Foto: Reprodução/Alvaro Migotto/Cebimar/USP

9. Medusa imortal (potencialmente imortal)

Turritopsis dohrnii são chamadas de medusas imortais porque podem viver para sempre. As medusas começam a vida como larvas, antes de se estabelecerem no fundo do mar e se transformarem em pólipos. Esses pólipos então produzem medusas de natação livre, ou águas-vivas. Os Turritopsis dohrnii maduros são especiais porque podem voltar a ser pólipos se estiverem fisicamente danificados ou morrendo de fome, de acordo com o Museu Americano de História Natural, e depois voltar ao seu primeiro estágio de viva.

As águas-vivas, nativas do Mar Mediterrâneo, podem repetir essa façanha de reverter seu ciclo de vida várias vezes e, portanto, nunca podem morrer de velhice nas condições certas, de acordo com o Museu de História Natural de Londres. Turritopsis dohrnii são organismos minúsculos – com menos 4,5 milímetros de diâmetro – e são comidos por outros animais, como peixes, ou podem morrer por outros meios, impedindo-os de realmente alcançar a imortalidade. A espécie foi descoberta em 1843 pelo zoólogo francês René-Primevère Lesson. Mas, só mais recentemente, sua capacidade de viver para sempre foi reconhecida.

Hidras são pequenos invertebrados compostos em grande parte por células-tronco. Foto: Reprodução

10. Hidra (também potencialmente imortal)

Hidra é um grupo de pequenos invertebrados com corpos moles que se parecem um pouco com águas-vivas. Como Turritopsis dohrnii, hidras também têm o potencial de viver para sempre. As hidras não mostram sinais de deterioração com a idade, segundo os cientistas. Esses invertebrados são em grande parte compostos por células-tronco, que se regeneram continuamente por meio da duplicação ou clonagem. As hidras não vivem para sempre em condições naturais por causa de ameaças como predadores e doenças. Mas, sem essas ameaças externas, elas poderiam ser imortais.