Para maioria de nós, o verão é a estação do ano mais aguardada. Lembra férias, dias mais longos, praia e piscina… No reino animal, esta também é uma estação bastante aguardada, principalmente para a reprodução, e existem vários rituais entre as muitas espécies que apenas aparecem nesta época.
Conheça sete rituais dos animais que apenas acontecem na alta estação:
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Início do verão é sinônimo de longas noites de acasalamento para os pinguins-macaroni
Para os pinguins-macaroni ou ou pinguins-de-testa-amarela (Eudyptes chrysolophus), como também são conhecidos, o início do verão é sinônimo de acasalamento. Após seis meses nas águas gélidas do oceano, durante os quais os pinguins viajam milhares de quilômetros, os animais regressam a terra para se reencontrarem com os seus parceiros e acasalarem. Essas aves vão para as numerosas ilhotas espalhadas pelo Atlântico Sul e oceano Índico, perto da costa da Antártida. Lá, formam colônias imensas, algumas com cerca de 2 milhões de indivíduos.
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Lagartinhos-brancos-da-areia nas praias do Rio de Janeiro
É no verão que o lagartinho-branco-da-areia ou lagartixa-da-areia (Liolaemus lutzae) também se reproduz. Este pequeno réptil, de cerca de 8 cm, é um habitante da vegetação rasteira de dunas e praias – as áreas de restinga. Como só existe no Estado do Rio de Janeiro, sendo vistos principalmente nas praias da Barra da Tijuca e do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste, ele é considerado uma espécie endêmica – encontrada apenas em uma região do planeta. Infelizmente, a sobrevivência desses inofensivos animais é ameaçada pela urbanização das áreas costeiras. Quando vão à praia, muitas pessoas acabam pisoteando o bichinho ou removem a vegetação para montar redes de vôlei e barracas de vendas.
As fêmeas colocam de um a quatro ovos, que são enterrados na areia. Os filhotes nascem entre dezembro e março, quando, em geral, termina o período de reprodução. Ah, a reprodução da espécie ocorre uma vez só na vida e cada casal produz apenas quatro ovos, o que torna o crescimento populacional desses lagartinhos muito lento.
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As formigas saem da toca
O ciclo de vida dos insetos está ligado ao ciclo das plantas. O verão é o período no qual as flores desabrocham e muitos insetos se nutrem de néctar das flores.
O metabolismo dos insetos também fica mais rápido nesta estação do ano, e eles voam e caminham mais em busca de alimento Com isso, seu ciclo de vida reduz consideravelmente, mas o de reprodução também aumenta, por conta das condições ideias. O resultado disso é um maior número de insetos se proliferando, inclusive as formigas.
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Vagalumes iluminam as noites quentes de verão
Os vagalumes, também conhecidos como pisca-pisca, podem ser vistos em regiões tropicais e temperadas, nas noites de verão. Esses besouros iluminados gostam de áreas quentes e úmidas, por isso costumam aparecer nesse período do ano. Os adultos vivem apenas no verão, quando se acasalam. Então, os ovos são colocados em madeiras no interior das matas.
Após 15 dias, surgem as primeiras larvas, que demorar até dois anos para se tornarem adultas. Os vagalumes produzem luz com órgãos especiais na parte inferior do abdômen. As substâncias químicas que são produzidas se misturam com o oxigênio do ar, emitindo lampejos de luz para atrair o sexo oposto.
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As borboletas colorem os jardins
As borboletas visitam nossos jardins durante todo o ano. Mas é no verão que esses lindos insetos coloridos aparecem com maior frequência. Durante a primavera, as lagartas se desenvolvem e, no verão, se transformam em borboletas e se alimentam do néctar das flores. Elas também são atraídas pela coloração das flores, e preferem as plantas com flores vermelhas, rosas, amarelas ou laranjas.
Confira o vídeo: Metamorfose das borboletas – ciclo de vida e curiosidades
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Raposas-do-ártico mudam de cor
As raposas-do-ártico (Vulpes lagopus), também chamadas de raposas-polares, são conhecidas pela sua pelagem branca (por vezes creme), que funcionam como camuflagem em meio ao cenário de gelo e neve. Mas desenvolvem um manto bem escuro, amarronzado ou cinza, durante o verão. Na estação do calor, a tundra ártica (bioma da região) fica descoberta. As raposas-do-ártico são também uma exceção entre as espécies canídeas, pois são as únicas que fazem esta troca de pelagem.
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Aves limícolas migratórias visitam o Brasil no verão
Nas áreas úmidas do Brasil, é possível observar uma grande variedade de aves aquáticas. Entre elas, espécies comuns (garças e gaivotas costeiras), raras ou ameaçadas (flamingos e pato-mergulhão) e ainda maçaricos e batuíras que são aves limícolas migratórias: espécies que têm pernas mais altas e bicos mais compridos para se alimentarem de pequenos animais que se enterram na areia ou estão na superfície da água.
Essas espécies realizam anualmente as mais extensas migrações internacionais e são consideradas patrimônio dos países por onde passam, se tornando objetos de estudo e conservação no mundo todo. Algumas espécies se deslocam por mais de 30 mil quilômetros por ano, uma façanha para pássaros com cerca de 80 gramas.
De setembro a março, milhares de maçaricos e batuíras chegam ao Brasil para passar o verão no litoral dos estados do Amapá, do Maranhão e do Pará, no pantanal mato-grossense e na planície costeira do Rio Grande do Sul. Essas áreas são consideradas sítios de alimentação e invernada, regiões ricas em alimento que favorecem a reposição de energia necessária para as espécies.
MB com informações do ICMBio e Greensavers