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De porcos nadadores a coelhos: conheça 7 ilhas dominadas por animais

Uma ilha habitada por coelhos fofinhos. Enquanto uma outra é repleta de porcos nadadores. E tem ainda uma ilha tomada por macacos infectados por vírus. Ok, essa última opção não parece atraente. Mas sim, existem algumas ilhas no planeta em que uma espécie animal em particular é dominante, seja como parte da sua evolução ou devido à intromissão humana.

A seguir, você vai conhecer sete ilhas remotas do planeta tomadas por animais:

A ilha japonesa de Okunoshima é repleta de coelhos fofinhos. Foto: Canvas

1. Okunoshima, a ilha japonesa dos coelhos

Okunoshima é uma pequena ilha Japonesa, localizada nos arredores de Hiroshima. No início do século 20, ela servia de base para o exército da região trabalhar com a produção de gases letais para a segunda guerra. Mais de 6 mil toneladas de gás letal foram produzidas nessa ilha entre 1929 até 1945. Depois que a missão foi finalizada, a ilha praticamente sumiu do mapa e passou a ser evitada pelas pessoas.

Felizmente, o cenário hoje é bem diferente e a fofura em forma de pompom reina suprema por lá. O local se tornou um ponto turístico por uma razão: coelhinhos fofos dominaram a ilha. Os primeiros animais foram levados até lá para que pudessem realizar testes dos gases nos bichinhos. Depois que os militares foram embora, alguns coelhos permaneceram naquele lugar e aí, eles se multiplicaram numa velocidade digna de coelhos. Hoje, há centenas deles por todos os lados. Os coelhos são selvagens, no entanto, amigáveis, pois já se acostumaram com a presença humana – até porque formou-se um mercado turístico para pessoas conhecerem e alimentarem os bichinhos nessa ilha peculiar.

Macacos vivem isolados em ilha. Foto: Reprodução de vídeo/ Danielle Paquette/The Washington Post

2. Ilha dos Macacos na Libéria

Na década de 1970, foi criado um programa de testes em macacos chamado VILAB, mantido pelo hemocentro de Nova Iorque, o maior provedor de sangue dos Estados Unidos. O local escolhido foi o Instituto Liberiano de Pesquisa Biomédica, instalado na Libéria, costa oeste da África.

Até meados dos anos 2000, os animais foram inoculados, para efeito de estudo, com patologias infecciosas, como a hepatite B. Depois, quando as atividades foram encerradas devido a uma violenta guerra civil no país, em vez de darem um destino mais nobre para esses primatas, que podem viver até meio século, os cientistas os abandonaram à própria sorte.

Existem seis ilhas nos rios Farminton e little Bassa. Esses santuários improvisados então ficaram conhecidos como Ilha dos Macacos. Atualmente, há uma colônia com 66 chimpanzés, que conta com o dinheiro de uma instituição beneficente no exterior e a dedicação de voluntários. É proibida a visitação pública a esses animais, que podem se assustar e atacar, mas não está claro se os chimpanzés ainda portam doenças, pois os testes são muito caros.

Porcos nadadores se deleitam no mar da ilha Big Major Cay, nas Bahamas. Foto: Canvas

3. Ilha dos Porcos, nas Bahamas

Se você vir algo estranho nadando em sua direção nas águas de Big Major Cay, nas Bahamas, não grite “Tubarão!” Provavelmente trata-se de um porco!

Mais conhecida como “Ilha dos Porcos”, Big Major Cay é uma pequena faixa de areia desabitada, entre as diversas ilhas que atraem milhares de turistas ao arquipélago. Cerca de 20 porcos vivem lá, nadando até os barcos dos turistas na esperança de ganhar alimento. Ninguém sabe ao certo como esses porcos não nativos chegaram à ilhota e há várias teorias. Entre elas, a de que eles podem ser descendentes de porcos de um antigo naufrágio. Uma outra diz que marinheiros teriam deixado os animais por ali no início de uma viagem, para os cozinharem quando voltassem, coisa que jamais ocorreu. Hoje, os porcos não precisam se preocupar em virar bacon. Em vez disso, são uma atração turística.

Aoshima, uma ilha remota de pescadores no Japão, abriga milhares de gatos. Foto: Canvas

4. Ilha dos gatos, no Japão

Os primeiros gatos de Aoshima, uma ilha remota de pescadores no sul do Japão, foram levados para lidar com os ratos que infestavam barcos pesqueiros. A estratégia funcionou. Hoje, não há nem sinal dos ratos – mas agora são os gatos que estão por toda parte. Mais de 120 destes felinos habitam a ilha, número este bem maior do que os seus habitantes humanos.

Isso rendeu a Aoshima o apelido de “Ilha dos Gatos” e a transformou em uma atração turística, apesar de ali não haver hotéis, lojas ou restaurantes. Sem predadores naturais, os animais vagam livremente por lá e vivem em construções abandonadas. Eles são alimentados por alguns dos moradores e por visitantes ou comem o que encontram pela frente. Numa tentativa de controlar a crescente população de gatos, as autoridades iniciaram um programa de castração dos felinos.

A Ilha Christmas, no Oceano Índico, recebe anualmente uma migração de caranguejos. Foto: Reprodução

5. Ilha dos Caranguejos, na Austrália

A Ilha Christmas é um pequeno território australiano no Oceano Índico. Cerca de 2 mil pessoas vivem lá, mas o habitante mais famoso da Ilha é um caranguejo-vermelho. Todos os anos, por volta de outubro ou novembro, acontece um fenômeno: dezenas de milhões de caranguejos-vermelhos adultos deixam as florestas da região e marcham para a costa, onde se reproduzem em massa e fazem a desova. Os bichos invadem as ruas, pontes e jardins residenciais da ilha, formando um tapete vermelho que se move lentamente sobre o terreno insular. Sem apresentar graves riscos aos humanos, os crustáceos não são considerados pelas autoridades locais como uma praga. Ao contrário: durante a migração, carros são proibidos de transitar por algumas vias da área, para os bichinhos se locomoverem com segurança.

Milhares de aldeões vivem ao lado de dragões letais em Komodo. Foto: Canvas

6. Ilha dos Dragões, em Komodo

Viver ao lado de lagartos predadores de 90 quilos pode não parecer a ideia de diversão de ninguém, mas algumas pessoas conseguem. O Parque Nacional de Komodo, na Indonésia, é famoso por seus perigosos dragões de Komodo , que costumam atacar e matar pessoas. Ainda assim, alguns milhares de aldeões vivem ao lado dos lagartos.

Para ficarem seguros, os habitantes locais tratam os lagartos como um montanhista reagiria a um urso pardo: Gritam, jogam pedras e gravetos se o animal parecer ameaçador. Mas os dragões de Komodo realmente dominam o arquipélago do Parque Nacional: eles podem ser vistos cochilando sob prédios e vagando ao longo das praias, às vezes muito perto das pessoas. E o melhor é dar no pé ao se deparar com um deles : suas presas não morrem pela mordida, mas sim pela infecção causada pelas bactérias presentes em sua bocarra. Não sobra nem osso pra contar história e o dragão ainda pode atacar a própria espécie.

A jararaca-ilhoa (Bothrops insularis) é espécie endêmica que habita a Ilha das Cobras. Foto: Canvas

7. Ilha das Cobras, São Paulo, Brasil

Imagine uma ilha completamente dominada por cobras venenosas? Sim, esse lugar existe e fica aqui no Brasil. Trata-se da Ilha das Cobras, nome popular dado à Ilha da Queimada Grande, localizada na costa do litoral sul paulista, entre as cidades de Itanhaém e Peruíbe.

O lugar, que é uma unidade de conservação brasileira, se destaca por apresentar a maior concentração de cobras por metro quadrado do mundo. No entanto, a real ameaça ali, atualmente, são os impactos causados pelo próprio homem. Isso porque a jararaca-ilhoa (Bothrops insularis), espécie endêmica que habita a ilha, está ameaçada de extinção.

Para preservá-la – e também por sua periculosidade – o acesso à Queimada Grande não é permitido. Somente pesquisadores e profissionais ambientais estão liberados para visitá-la, mas tendo autorização da Marinha.

Algumas “lendas” tentam explicar a existência de tantas cobras nessa ilha. Uma delas diz que antigos piratas guardaram um tesouro e colocaram as cobras ali para protegê-lo. No entanto, a ciência explica: há mais de 10 mil anos, os níveis do mar aumentaram por conta do derretimento de geleiras e isolaram a ilha, fazendo com que a espécie de cobras evoluísse ali e se adaptasse ao longo do tempo.