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Mutum-do-sudeste: conheça essa ave endêmica do bioma Mata Atlântica

O mutum-do-sudeste pertence à família dos cracídeos, que são aves que vivem nas florestas. Fotos: Canvas

Espécie endêmica da Mata Atlântica, o mutum-do-sudeste pertence à família dos cracídeos (Cracidae), que são aves que vivem nas florestas, frequentemente à beira de rios. Seu habitat, tão ameaçado, hoje está restrito a pequenas áreas do sul da Bahia até o norte fluminense e leste de Minas Gerais.

Alimentam-se de frutos, brotos, sementes e pequenas presas, como insetos. Os cracídeos reúnem pelo menos 37 espécies, que incluem jacus, mutuns, aracãs, além das jacutingas, do cujubi e do urumutum, todos parentes da galinha doméstica e representantes da ordem Galliformes. Apresentam adornos como penachos, cristas, barbelas e, por vezes, protuberância ao redor do bico.

Os mutuns são aves robustas e de musculatura peitoral bastante desenvolvida. Possuem penas altas e fortes, um penacho proeminente no alto da cabeça e regiões carnudas no bico, que se tornam mais proeminentes na época reprodutiva.

A espécie costuma procriar na ramaria das árvores, aproveitando o acúmulo de cipós, galhos e folhas secas presas sobre a planta, pois não trazem de longe nenhum material para construir o ninho, usando para isso o que está ao alcance do bico. Os filhotes dormem sob as asas da mãe nos galhos das árvores e permanecem com os pais por vários meses. São muito territorialistas e, se o casal não for perturbado, a fêmea repete a postura no mesmo ninho que usou na última temporada.

Nos mutuns-do-sudeste, o macho tem a cor negra com o ventre branco, menos a ponta da cauda, com a base do bico vermelha. Já a fêmea possui os calções e as asas vermiculados de ferrugíneo e o topete vistoso, densamente barrado de branco. O ventre é ferrugíneo e o bico, cinzento com a base negra. Suas pernas são avermelhadas.

Os mutuns possuem penas altas e fortes e um penacho proeminente no alto da cabeça

AMEAÇAS AO MUTUM

São aves florestais, dessa forma, o desmatamento, os incêndios e a fragmentação de habitats vêm contribuindo de forma avassaladora na queda da população de cracídeos brasileiros. Desde quando as tribos indígenas predominavam no Brasil, esses animais já eram predados e capturados. Suas penas faziam parte da vestimenta e da confecção de penas. A caça ainda é uma séria ameaça.

A caça ainda é uma séria ameaça à espécie

FICHA TÉCNICA

Nome científico: Crax blumenbachii

Nome em inglês: Red-billed curassow.

Habitat: regiões quentes e úmidas; matas próximas aos rios.

Tamanho: 82 cm a 92 cm.

Peso: 3,5 kg

Reprodução:  As fêmeas põem uma ninhada de um a quatro ovos e os filhotes emplumam no final do ano. Uma curiosidade é que, durante a primeira semana de vida, os filhotes dormem camuflados e separados dos adultos, a fim de despistar os predadores.

Longevidade: 10 anos, em média, na natureza.

Classificação: em perigo de extinção.

Por MB
Fonte de Pesquisa: ICMBio e o livro “100 Animais Ameaçados de Extinção” (Autor: Sávio Freire Bruno. Ediouro)