Nome científico: Trichechus manatus
Características: É um verdadeiro gigante do mar. Forte, chega a atingir até 4 m de comprimento e pesar 600 kg. Medidas que contrastam com o temperamento dócil e cativante dos exemplares da espécie.
Distribuição: De cara arredondada, olhos pequenos, corpo roliço e, ainda por cima, com um carisma único, o mamífero aquático é “expert” em despertar o encantamento de crianças e adultos, seja durante uma rara aparição pelas praias e rios do Norte e Nordeste – únicas regiões onde ainda é possível encontrar o peixe-boi-marinho no país – ou mesmo durante um passeio pelo rio Tatuamunha, no litoral norte de Alagoas, o famoso Santuário do Peixe-boi. Mas, sua importância na natureza vai muito além de divertir ou encantar o ser humano: herbívoro, o peixe-boi atua na base da cadeia alimentar e, se extinto, pode desestruturar o ciclo e levar outros animais à morte.
Alimentação: Quando adultos, os peixes-bois se alimentam, basicamente, de algas marinhas e do capim-agulha (daí o nome popular da espécie em língua portuguesa estar associado a “boi”). Um exemplar é capaz de consumir até 60 kg (ou 10% do seu peso) de alimento por dia. Se o excesso dessas plantas aquáticas não for eliminado, elas podem impedir a passagem de luz para dentro da água e provocar a morte de peixes. Além disso, a partir da elaboração da sua dieta, o peixe-boi elimina nutrientes que servirão de base para o crescimento de fitoplânctons (algas quase invisíveis de tão pequenas) e zooplanctons (larvas de peixe e minúsculos crustáceos), elementos que são a base da vida nos estuários de rios e ambientes recifais.
Tempo de vida: São lentos ao nadar e dóceis com os seres humanos. Estas características os tornam frágeis e, como sobem frequentemente para respirar, são avistados com facilidade. Têm vida longa, cerca de 60 anos. Mas o ciclo reprodutivo é lento. Para que um filhote nasça (13 meses de gestação), cresça (dois anos de amamentação) e reproduza, gerando um descendente, é preciso muito tempo. Todas estas características demonstram o quanto a espécie precisa de atenção especial para sua conservação na natureza.
Fôlego: Os peixes-bois, quando em atividade, podem ficar de 1 a 5 minutos debaixo d’água, sem respirar. Depois disso, eles precisam subir à superfície para “reabastecer” os pulmões. Já em repouso, podem permanecer até 20 minutos submersos.
Fonte: Associação Peixe-boi