Os hamsters são os roedores de estimação mais populares do mundo. Pequenos, ágeis e com aparência fofa, eles são fáceis de cuidar e não requerem muito espaço. Mas, também são animaizinhos muito sensíveis e que estão sempre alertas, podendo ficar assustados e estressados com grande facilidade.
Compreender como o seu hamster se comunica com você é essencial para saber se algo está errado. Além disso, problemas de saúde como perda de apetite e queda excessiva de pelos também podem ser consequência do estresse. Mudanças de comportamento, como agressividade, timidez, tristeza, ansiedade e medo além do normal estão entre os principais sinais.
Outro comportamento incomum é morder as grades da gaiola, como forma de aliviar o estresse. Às vezes, ver o roedor hiperativo, correndo de um lado para o outro ou girando na rodinha sem parar também pode ser um indicativo.
Em casos extremos, o animal pode se coçar ou morder incessantemente, levando à automutilação, o que pode torná-lo mais vulnerável à infecções.
FATORES DE ESTRESSE EM HASMTERS
Espaço inadequado e falta de enriquecimento ambiental. Uma gaiola muito pequena e/ou sem enriquecimento ambiental podem fazer com que esses roedores se sintam presos e entediados. Considere o tamanho do seu pequeno amigo (sírio, anão…). Quanto mais espaçosa a gaiola, melhor será a qualidade de vida do hamster. De preferência, escolha as de vários andares, com piso liso e regular, para que ele possa explorar o ambiente e se movimentar tranquilamente sem machucar as patinhas. Além disso, deve ter uma roda de exercícios e outros brinquedos e acessórios, como escadas, tubos, túneis e tocas para que ele possa se divertir, escalar, gastar energia e evitar o estresse.
Mudança de ambiente. Os primeiros dias podem ser mais nervosos, pois o hamster terá que se acostumar com o novo local onde foi colocada a gaiola. Além disso, esse roedor não gosta de alterações na rotina, com mudanças contínuas de cômodos e, principalmente, de temperatura. Não coloque a gaiola em áreas com correntes de ar ou com fontes de calor, como fogão.
Ruídos altos e movimentos repentinos. Esse roedor está sempre alerta, pois na natureza são alvo de predadores, por isso qualquer ruído alto ou movimento inesperado pode causar altos níveis de estresse. É muito importante manter esses bichinhos em ambientes silenciosos.
Manuseio inadequado. Mais que um manuseio excessivo, abrupto. E, da mesma forma que esses roedores não toleram bem os movimentos bruscos ao seu redor, eles não se dão bem com o ser humano que os trata com grosseria ou como se fossem objetos. Isso significa que você deve ficar muito atento com a forma como as crianças tratam os hamsters. Lembre-se que eles não são um brinquedo. Não podem cair no chão, nem serem agarrados com força ou importunados enquanto descansam. São animais delicados e devem ser tratados com muito cuidado.
Falta de interação. A interação insuficiente com o tutor é outro fator de estresse. Como são animais de hábitos noturnos, escolha um horário para interagir com o bichinho todas as noites quando ele estiver acordado, por 10 a 20 minutos. Acariciar suavemente e falar em tom calmo ajuda a construir um vínculo positivo. É essencial conquistar gradualmente a sua confiança. Acariciá-lo da cabeça ao rabo é outra boa prática para os tutores.
Má higiene e nutrição. O hamster precisa de um ambiente limpo e de uma dieta balanceada e nutritiva. Higienize a gaiola, escolha cuidadosamente os substratos e troque-os quando for necessário. Diariamente ofereça alimentos frescos e variados, além de ração adequada à espécie. Mantenha os potes de comida e bebedouros sempre limpos e com água fresca. Desta forma, o animal se sentirá confortável e totalmente adaptado.
Por MB.