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Iguana: um mascote pré-histórico

Quando jovem, o iguana tem uma coloração verde e adulta, ganha um tom amarronzado. Fotos: Canva

Exótico. Esse é um bom adjetivo para definir o iguana (Iguana iguana). Animal nativo da América Central e do Norte da América do Sul, o iguana é um réptil com aspecto pré-histórico, que atrai a curiosidade de muita gente, principalmente pelo seu tamanho, que pode chegar a dois metros de comprimento – da cabeça à cauda -, se solta na natureza, e a 1,80 m, se criada em cativeiro.

O iguana é fácil de ser domesticado, mas exige um manejo adequado. A criação correta consiste nos cuidados com a temperatura do ambiente, luz, alimentação e espaço para o animal se exercitar.

“É um réptil que adora ficar sobre os galhos das árvores, por isso, é importante que mesmo em cativeiro, o animal fique instalado em um local amplo e com galhos e troncos”, orienta o veterinário André Mello, da Clínica Veterinária Estética Canina Vet Center, e que assina a seção “Fale com o Vet” no portal Meus Bichos.

“O iguana tem aspecto muito atrativo, é muito apreciado por quem gosta de répteis. Tem um tempo médio de vida de 10 a 15 anos e é um animal vegetariano, herbívoro. Há mais de 30 espécies no mundo, mas a verde (Iguana iguana) é a mais comum. Na fase inicial, a espécie tem um verde bem chamativo e, conforme vai amadurecendo, a coloração passa a ter um tom amarronzado”, explica André.

De acordo com o especialista, trata-se de um animal ectotérmico – que é incapaz de regular a sua temperatura corporal por si só. “Ou seja, são animais que regulam sua temperatura corporal de acordo com a temperatura ambiente. Ele precisa da temperatura ambiental para controlar sua temperatura corporal”, detalha André.

A forma de o réptil demonstrar carinho pelo tutor é aceitando o alimento na mão e se deixando manusear

Segundo o especialista, é importante que a pessoa que deseja criar um iguana se informe antes sobre sua biologia para reproduzir, no cativeiro, um ambiente o mais próximo de seu habitat natural. “É necessário um manejo bem cuidadoso, que o terrário conte com um sistema de temperatura, mas que também o animal tenha acesso ao sol, calor, para que ele possa fazer essa termorregulação. Em lugares mais frios requer mais o aquecimento artificial”, complementa.

E embora não pareça, o iguana é um animal muito inteligente e dócil, capaz de reconhecer seu tutor à distância. “É um bicho fácil de ser domesticado. Mas não há uma interatividade, como no caso do cão e do gato. A forma de o réptil demonstrar carinho pelo tutor é aceitando o alimento na mão e se deixando manusear”, explica o veterinário.

Para ter um iguana como bicho de estimação é preciso procurar criadouros ou lojas licenciadas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) e nunca comprá-lo pelo comércio clandestino.

“Além da procedência ser desconhecida, há o risco de adquirir um animal doente, podendo até mesmo transmitir alguma zoonose, que são as doenças que passam do animal para o homem”, lembra André Mello.

O terrário deve contar com um sistema de regulação de temperatura e com luz ultravioleta

DICAS PARA CRIAR

INSTALAÇÕES. O comprimento e a altura do terrário devem equivaler a duas vezes o comprimento corporal do animal. Neste pequeno ecossistema, espalhe muitos galhos (firmes e robustos, para suportar o peso do réptil quando adulto), pois é onde os iguanas gostam de passar o tempo. Coloque substrato no fundo (terra vegetal, casca de pinus ou fibra de coco), além de potes de água e de comida. Uma banheira para o pet tomar banho também é bem-vinda.

ALIMENTAÇÃO. Verduras, frutas, legumes, brotos e flores como hibisco.

TEMPERATURA. É um animal ectotérmico, incapaz de regular a sua temperatura corporal por si só. A temperatura do ambiente deve ser entre 26° C e 35° C. Este controle pode ser feito com termômetro. Também é necessária uma luz ultravioleta para fazer a fixação da vitamina D.

REPRODUÇÃO. A maturidade sexual ocorre entre 2 e 3 anos. Iguanas são ovíparos e colocam em torno de 35 ovos, que demoram de 10 a 15 semanas para eclodir. Os ovos são colocados em ninhos feitos de plantas secas, palha e cascas de árvore. Filhotes nascem em 70 dias, em média.