Nos últimos anos, campanhas de conscientização passaram a vincular cores a meses do ano para conscientizar a população na prevenção de doenças. Os animais de companhia, cada vez mais considerados membros da família, também foram inseridos em ações para alertar os tutores quanto aos cuidados com a saúde do pet. Agora é a vez do “Março Amarelo”, que chama a atenção para a doença renal nos cães e gatos, podendo ser aguda ou crônica e levá-los à morte.
“A doença renal caracteriza-se pela perda de parte da taxa de filtração glomerular. Em termos mais populares, os rins não filtram o sangue com tanta eficiência quanto deveriam. Essa função é importante para eliminar componentes tóxicos ao organismo. Acomete tanto cães quanto gatos em qualquer idade, porém, é mais comum na senilidade. Por isso a importância de exames periódicos”, destaca a veterinária Mery Medeiros, proprietária do Canil Gran Beckville.
As causas da doença renal nos pets podem ser congênitas ou adquiridas. Geralmente, os sinais mais comuns são perda de apetite e de massa muscular, halitose e úlceras no trato digestório, entre outros.
“Nos cães, os dálmatas têm grande predisposição a problemas renais. Nos gatos, os persas têm uma alteração cística bem comum à raça, mas pode acometer a qualquer um, sem distinção. A senilidade é, sem dúvida, um fator de risco”, explica a veterinária.
Prevenção e tratamento
De acordo com a profissional, o recomendável é que seja realizado um check-up anual no animal para que possam ser identificadas as alterações de forma precoce e aumentar as chances de sucesso do tratamento.
“As alterações laboratoriais mais comuns estão relacionadas à ureia e à creatinina e são detectadas facilmente através de um exame de sangue simples. Clinicamente, é importante ficar atento a sinais como perda de apetite e emagrecimento progressivo. Se diagnosticada a insuficiência renal, o médico veterinário precisa identificar o estágio da doença e a partir daí definir o melhor tratamento. Em geral, fluidoterapia constante, alimentação específica para pacientes renais e medicações”, finaliza a veterinária Mery Medeiros.