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Migração de pinguins ao litoral brasileiro aumentou 20% no último ano

Todos os anos, milhares dessas aves chegam na costa brasileira. Foto: Pixabay

Mais de 6.700 pinguins chegaram ao Brasil na temporada migratória de 2021. O número é 20% maior do que as visitas feitas por essas aves ao litoral sul do país, segundo dados divulgados por um projeto ambiental que cuida dos animais marinhos.

Todos os anos milhares dessas aves que não voam, da espécie pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus), chegam na costa brasileira, vindas da Argentina e do Chile. No total, já são 6.747  pinguins  cadastrados em várias praias do país.

Os dados são do Projeto de Monitoramento de Praias (PMP), programa ambiental coordenado pela Petrobras que visa resgatar, reabilitar e devolver mamíferos marinhos, tartarugas e aves ao mar. O PMP faz monitoramento ao longo de 3.000 quilômetros de praias em dez estados da costa brasileira.

Santa Catarina é o estado com maior incidência, com 4.741  pinguins  registrados, seguido pelo Paraná, com 1.028, ambas as regiões do Sul do país.

No entanto, essas aves marinhas também chegaram às praias de São Paulo (869), Rio de Janeiro (107) e Espírito Santo (2), na região Sudeste.

O pinguim-de-Magalhães é muito comum na Patagônia da Argentina e do Chile. Foto: Pexels

Pinguins da Patagônia

O pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) é muito comum na Patagônia da Argentina e do Chile, bem como nas Ilhas Malvinas. Esses animais marinhos migram entre junho e novembro de cada ano, principalmente nos meses de inverno austral, até o litoral brasileiro para fugir do frio e buscar alimentos.

Muitos deles chegam ao litoral brasileiro fragilizados ou mortos devido às longas viagens. E os que são encontrados vivos são avaliados e, se necessário, encaminhados a centros especializados para atendimento veterinário.

“O encalhe de pinguins normalmente ocorre da costa do Espirito Santo ao Sul do país e este número pode variar de um ano para o outro”, explica Denise Almeida, consultora em Biodiversidade da Petrobras.

De acordo com o projeto, os pinguins costumam chegar às unidades de tratamento com hipotermia (temperatura abaixo do normal), hipoglicemia (falta de açúcar no sangue) e desidratação.

Após a reabilitação, as aves são devolvidas ao seu habitat natural, para onde voltam com um chip que permite que sejam monitoradas caso reapareçam na costa brasileira.

Em 2020, 5.657 pinguins visitaram o litoral do Brasil. 


Confira os dados dos últimos anos – de janeiro a novembro:

Classificação científica do pinguim-de-Magalhães:

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Sphenisciformes
Família: Spheniscidae
Gênero: Spheniscus
Espécie: S. magellanicus

A sociedade pode acionar equipes para resgatar esses animais marinhos. Foto: Pexels

O que fazer ao avistar um animal marinho vivo ou morto:

Os Projeto de Monitoramento de Praias (PMPs) trabalham em parceira com diversas organizações científicas e com as comunidades locais. A sociedade também pode participar, acionando as equipes ao avistar um animal marinho vivo ou morto, pelos telefones abaixo:

PMP-BS Área SC/PR e Área SP – 0800 6423341
PMP-BS Área RJ (Paraty a Saquarema) – 0800 9995151
PMP-BC/ES (RJ) -0800 0262828
PMP-BC/ES (ES) – 0800 0395005
PMP-SEAL (Piaçabuçu/AL até Conde/BA) – 08000-793434 ou (79) 9 9683-1971
PMP-RNCE (RN) – (84) 98843 4621 e 99943 0058
PMP-RNCE (CE) – (85) 99800 0109 e 99188 2137

Fonte: Agência Petrobras

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