Cobiçadas em todo o mundo, as pérolas são símbolo de nobreza e glamour. São também as únicas joias que provém de um animal vivo: a ostra. Molusco invertebrado da classe dos conchíferos (que inclui espécies como mariscos ou mexilhões, vôngole, conchas tridacnas etc.), vive livre no mar no início de sua vida e, depois, fixa em rochas, formando aglomerados ou ostreiras. A distribuição é extensa no planeta, não habitando somente os mares frios.
Quando jovens, as ostras possuem um pé, que permite seu deslocamento no fundo do mar, além de dois músculos adutores para fechar a concha. Nessa fase da vida, são muitos os seus predadores – o homem, a estrela do mar, algumas espécies de peixes, as raias, entre outros -, por isso, apenas duas, entre um milhão de ostras, conseguem atingir a idade adulta. Com o seu desenvolvimento, o molusco perde o pé e um dos músculos adutores. E as bordas de sua concha crescem, anualmente, 2,5 cm aproximadamente.
Para compensar a dificuldade de sobrevivência entre tantos inimigos, a atividade reprodutiva desse molusco é muito grande. “A fêmea é capaz de colocar até 20 milhões de ovos por estação do ano”, diz o biólogo Maurício Terra Júnior.
A ostra desempenha também um papel muito importante no mar: filtrar a água. Através de lâminas filamentosas (que vão de um extremo ao outro do molusco), pelas quais respira, são filtrados de cinco a seis litros de água por hora. “Nessa atividade, sugam partículas de lodo, que servem como sua nutrição”, destaca o biólogo.
Lágrimas do deuses
Brancas, negras, douradas, as pérolas fascinam os homens há séculos. Os antigos romanos chamavam essas preciosidades de ‘lágrimas dos deuses’. Nascem das estranhas das ostras, mas apenas uma em cada dez mil produz a joia.
Sua formação é fruto de uma ação de defesa do molusco. Quando um corpo estranho entra em sua concha, como grãos ou seres minúsculos, é envolvido com camadas de nácar, uma substância branca e brilhante que recobre o interior da concha e de onde se extrai a madrepérola.
Esse corpo estranho fica isolado e, 18 a 24 meses depois, a pérola está formada. Em alguns países, como o Japão e a China, existem fazendas especializadas no cultivo de ostras perolíferas. No processo de produção artificial, as ostras são enxertadas com corpos estranhos selecionados que darão sua cor, brilho e o formato que tornará comercializáveis.
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