O odor corporal dos cães é muito mais intenso do que em outros animais de estimação, como os gatos. Por isso, é recomendável ficar atento aos cuidados higiênicos para que a casa não acabe impregnada com esse cheiro. As medidas básicas são dar banho e escovar os dentes do pet periodicamente, bem como limpar a caminha e os locais onde ele costuma ficar, com os produtos certos.

Quando muito intenso, o cheiro do cachorro não deve estar diretamente relacionado à sujeira ou falta de higiene frequente, mas sim ao seu índice de gordura corporal e muito especificamente ao de sua pele. Desta forma, raças como shar pei, basset hound, cocker spaniel, beagle, setter irlandês ou pug são algumas das quais seus odores ficarão mais evidentes ao nosso olfato, mesmo sem estarem sujas ou precisando de um banho urgente. Mas isso por serem raças com mais dobras e pele ou uma pelagem mais oleosa.

Por outro lado, embora algumas raças exalem um odor mais específico, devemos estar atentos quando o cheiro é desproporcional e quando ele aumenta significativamente. Por mais que estejamos acostumados ao odor do pet, ele também é um indicador de saúde. Portanto, se for algo além do normal ou muito desagradável, é necessário levar ao animal ao veterinário, para que seja detectada ou descartada alguma doença, como uma infecção, por exemplo.

DICAS PARA CONTROLAR O ODOR DO CÃO

Alimentação: É importante dar uma alimentação completa e balanceada com fibras solúveis e insolúveis, para que o cão não tenha problemas digestivos, dermatológicos e flatulência. Além disso, uma boa alimentação ajuda a prevenir fezes com odor. Não troque o alimento por conta própria. A ração deve ser trocada gradativamente e sob orientação do veterinário.

Banho: Alguns cães requerem um banho por semana, principalmente os de raças de pelagem densa. Em outros, um banho quinzenal ou mensal é suficiente. Banhos muito frequentes afetam o PH natural da pele. No dia a dia, podem ser utilizados produtos para ‘banho seco’ ou lenços umedecidos, ambos à venda nas pet shops.

Use somente xampu e condicionador específico para uso em cães. E seque bem o pelo do animal após o banho ou ser molhado na chuva ou outra situação.

Escove os pelos: Para qualquer cão que viva em casa, é necessário escová-lo duas a três vezes por semana porque o pelo e a pele renovam-se constantemente. Ao escová-lo, os pelos mortos e a poeira acumulada são removidos, o animal fica mais limpo e os maus odores são evitados, além de ter pele e pelos mais saudáveis.

Lave a caminha e os brinquedos: Às vezes, o mau cheiro não está diretamente relacionado ao seu cachorro, mas sim aos pertences do pet. De nada adiantará estar atento ao seu peludo e à sua saúde se não fizer o mesmo com as suas coisas, desde a caminha aos brinquedos. Lave-os quinzenalmente.

Higiene bucal: Outro tipo de mau cheiro pode ser gerado por algum problema de saúde bucal. É importante que seja feita uma profilaxia (limpeza dental) no cão pelo menos uma vez ao ano. Além disso, é aconselhável escovar os dentes do pet uma ou duas vezes por semana, para evitar a formação de tártaro. Somente utilize pasta de dente veterinária. Procure acostumá-lo desde filhote a esse cuidado.

E SE O CACHORRO CHEIRAR MAL O TEMPO TODO?

Neste caso, se o mau cheiro do animal persiste, há algumas causas que podem estar envolvidas:

Seborreia: É um excesso de sebo que pode ser seco ou oleoso, causando coceira e irritação. Se a seborreia estiver seca, ao tocar a pelagem, uma película fina semelhante a cera é depositada nos dedos. No caso da seborreia oleosa, a pele e os pelos do cão têm um aspecto oleoso. Os pelos grudam e o animal exala um cheiro muito forte de gordura rançosa. Existe também a chamada dermatite seborreica. Nessas condições, o cão apresenta uma descamação excessiva (tipo uma caspa), crostas e pele gordurosa.

Tártaro: Cachorros com tártaro também apresentam pelos com mau cheiro, além de mau hálito. Quando o animal se lambe, ele deposita em sua pelagem a bactéria responsável pelo mau hálito, que vai deixar os pelos com mau cheiro.

Alergias: Os cães podem ser alérgicos a muitas coisas. As irritações podem vir de produtos de higiene, como xampu e perfumes de uso humano. Assim como alérgicos comuns em nosso dia a dia, como pólen, poeira e mofo. Algumas alergias também fazem com que os pelos cheirem mal.

Deficiências nutricionais: Uma alimentação desequilibrada ou não saudável pode causar certas deficiências vitamínicas necessárias para a regulação do sebo e, portanto, desencadear a seborreia. Além disso, uma alimentação pouco saudável também pode desencadear o aparecimento de alergias responsáveis ​​pelo mau cheiro dos pelos.

Agora que você já sabe que é possível manter o odor do seu cão sob controle, atentando-se a alguns cuidados na rotina com o pet, lembre-se: caso note algum cheiro que foge da normalidade, entre em contato com um veterinário de confiança.

Por MB.