Aves que não eram vistas há anos em áreas ao norte do Rio São Francisco voltaram a aparecer após a recuperação e a conexão de florestas.
Tudo graças ao projeto Mata Atlântica do Nordeste, da ONG Save Brasil. Ele tem dois núcleos, que são áreas prioritárias para conservação de aves: a reserva Pedra D’Antas, da própria ONG, na Serra do Urubu, em Pernambuco; e a Estação Ecológica do Murici, em Alagoas.
Em Pedra D’Antas, por exemplo, desde 2005, a quantidade de espécies de aves saltou de 105 para 287 em 2021. Lá é possível admirar, entre outros exemplares, o cara-pintada e o zidedê-do-nordeste, criticamente ameaçadas de extinção.
O projeto atua também com outros proprietários de terra. João Evangelista de Lima tem um sítio no entorno de Murici. Ele recebeu ajuda para implantar o sistema de agrofloresta, método que alia preservação com produção. As aves gostaram e estão reaparecendo.
Outra ação é formar corredores ecológicos para conectar os fragmentos de floresta que ainda estão de pé, explica a coordenadora Bárbara Cavalcante.
O projeto Mata Atlântica do Nordeste incentiva também atividades de pesquisa, educação ambiental e ecoturismo.
Fonte: Agência Brasil