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Ave extinta, dodô pode ressuscitar após ter genoma sequenciado

O último espécime conhecido de dodô foi visto em 1681. Foto: Pixabay

Pela primeira vez, todo o genoma do dodô (Raphus cucullatus) foi sequenciado, aumentando as esperanças de que o extinto pássaro possa retornar à vida.

Beth Shapiro, professora de ecologia e biologia evolutiva da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, afirmou em uma videoconferência da Royal Society que seu laboratório divulgará em breve o DNA completo de um espécime alojado no Museu de História Natural de Copenhague, na Dinamarca.

A ave, que não possuía a capacidade de voar, pesava pouco mais de 20 quilos e cerca de 1 metro de altura. A espécie não tinha predadores naturais e foi exterminada no século 17, apenas 100 anos depois de ter sido encontrada nas Ilhas Maurício, no Oceano Índico.

No entanto, além de esses pássaros serem perseguidos por humanos, sua sobrevivência foi dificultada pelo ataque de cães, gatos e porcos. Esses animais foram introduzidos em seu habitat natural após serem levados em navios por marinheiros em suas jornadas no Oceano Índico.

“O genoma do dodô está completamente sequenciado. Ainda não foi publicado, mas existe e estamos trabalhando nisso agora”, explicou Shapiro.

Segundo o “The Telegraph”, a cientista afirmou que o grupo descobriu um “espécime maravilhoso” na Dinamarca para obter o DNA.

“Portanto, temos um genoma de dodô de alta qualidade e alta cobertura que será lançado em breve”, continuou. Mas ela alertou que trazer o pássaro de volta pode ser difícil.

“Os mamíferos são mais fáceis”, explicou Shapiro. “Como posso mudar uma célula que está residindo em um frasco no laboratório que tem um pedaço de DNA de Dodô em um animal genuíno, vivo e respirando?”

Perspectivas semelhantes existem para o mamute-lanoso (Mammuthus primigenius), cujo DNA também foi totalmente sequenciado devido a restos bem preservados descobertos no permafrost siberiano.