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Bahia prepara evento para marcar retorno da ararinha-azul à natureza após 20 anos

Ararinhas-azuis serão reintroduzidas no Brasil. Foto: Camile Lugarini/Reprodução ICMBio

Depois de 20 anos, o grande encontro: a natureza e a ararinha-azul. Considerada extinta, a famosa ave de cor azul vai retornar ao seu habitat. Esse grande evento para a biodiversidade brasileira acontece neste sábado (11), no município de Curaçá, na Bahia, onde funciona uma unidade de conservação federal do ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, criada especialmente para as reintroduções das ararinhas-azuis no Brasil.

A espécie é considerada engenheira do ambiente, pela sua grande capacidade de dispersão de sementes e, por isso, é essencial para o equilíbrio do meio onde vive. Essa reintrodução da ararinha à natureza faz parte da estratégia do 2º ciclo do Plano de Ação Nacional, que busca aumentar a população dessas aves, conservando seu habitat.

A veterinária do ICMBio, Camile Lugarini, explica que as duas ararinhas que serão soltas, junto com um grupo de outras aves como maracanã, chegaram ao Brasil em 2020, vindas da Alemanha. Ela conta que os animais foram alimentados, tratados e preparados para esse momento.

Camile destaca, ainda, que nesse primeiro momento, a soltura será mais branda, até que se adaptem à liberdade.

As portas do recinto de soltura serão abertas e as ararinhas estarão livres para sair e voltar quando quiserem. Além disso, será fornecida suplementação alimentar diariamente para que elas fiquem independentes dos cuidadores de maneira mais lenta, até que tenham capacidade de sobreviver sozinhas. Dois dias antes de ganharem o céu, as ararinhas-azuis receberão colares transmissores para o monitoramento, além de anilhas e microchips.

A ararinha-azul foi descoberta há mais de 200 anos pelo pesquisador alemão Johann Baptist von Spix. O último exemplar desapareceu da natureza no ano 2000, quando, então, foi declarada oficialmente extinta no Brasil. O declínio da espécie começou ainda na década de 1980, a partir da caça e a destruição do habitat.