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Os aquários redondos podem ser proibidos na Bélgica por causa do estresse que causam aos peixes – os recintos têm uma área de superfície de água menor do que as versões quadradas ou retangulares, o que afeta a quantidade de oxigênio absorvido pela água. Essa área pequena coloca em risco “a saúde e bem-estar dos peixes”, explicou o Governo belga.
Fogos de artifício e coleiras elétricas para cães também serão adicionados à lista de itens considerados prejudiciais aos animais de estimação sob o proposto “Código de Bem-Estar Animal de Bruxelas”.
A Bélgica já possui algumas das leis mais rígidas do mundo contra a crueldade animal. Os piores casos de maus-tratos são puníveis com penas de prisão de até 15 anos e multas de até 10 milhões de euros.
Na França, em janeiro último, uma importante empresa francesa de aquários decidiu parar de vender aquários redondos porque enlouquecem os peixes, matando-os rapidamente. A AgroBiothers Laboratoire, líder do mercado francês de produtos para animais de estimação, vai deixar de vender aquários com capacidade inferior a 15 litros, comercializando apenas retangulares, pois colocar peixes em pequenas tigelas sem filtragem e oxigenação é um “abuso animal”.
“As pessoas compram um peixinho dourado para os seus filhos por impulso, mas se soubessem que é uma tortura, não o fariam. Girar e girar numa pequena tigela enlouquece os peixes e mata-os rapidamente”, disse o CEO da AgroBiothers, Matthieu Lambeaux.
Peixes dourados (kinguios) podem viver até 30 anos e crescer até cerca de 25 centímetros em grandes aquários ou lagos ao ar livre, mas em pequenos recintos geralmente morrem dentro de semanas ou meses.
O responsável disse ainda que os peixes dourados são animais sociais que precisam da companhia de outros peixes, amplo espaço e água limpa, e que ter um aquário requer um mínimo de equipamentos e conhecimentos.
A Alemanha e vários outros países europeus há muito que proíbem este tipo de aquário, mas na França não havia legislação sobre o assunto, algo que Lambeaux lamentou e com o qual já não quer compactuar.
“É um anacronismo francês, por isso decidimos mudar. Não podemos educar todos os nossos clientes para explicar que manter peixes numa tigela é cruel. Consideramos que é nossa responsabilidade não dar mais essa escolha aos consumidores”, afirmou o responsável.
Fonte: Sapo
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