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Borboleta-monarca passa a ser considerada Em Perigo de extinção

Borboleta-monarca (Danaus plexippus). Foto: Canvas

Esta subespécie da borboleta-monarca (na foto acima), a Danaus plexippus plexippus, realiza todos os anos uma viagem de 4.000 quilômetros entre o México e Califórnia, onde passa o inverno, para os territórios onde se reproduz mais a norte, tanto nos Estados Unidos como no Canadá.

Ao longo da última década, estima-se que a população nativa desta borboleta encolheu entre 22 % a 72 %, indica em comunicado a IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), que anunciou na última quinta-feira a entrada desta subespécie para a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. A lista inclui hoje 147.517 espécies, das quais 41.459 estão em risco de extinção.

“O abate de árvores legal e ilegal, para produção de madeira, e a desflorestação para criar espaço para a agricultura e para o desenvolvimento urbano já destruíram áreas substanciais de abrigos de inverno destas borboletas no México e na Califórnia”, destaca a organização internacional.

Por outro lado, acrescenta a IUCN, os pesticidas e herbicidas usados na agricultura por toda a área de distribuição da borboleta-monarca matam as borboletas e as plantas do gênero Asclepias (em inglês, ‘milkweed’). São estas as plantas hospedeiras das quais se alimentam as lagartas da espécie.

Em terceiro lugar, as alterações climáticas são também preocupantes para esta borboleta migradora, por vários motivos: os episódios de seca limitam o crescimento das plantas-hospedeiras e aumentam os fogos incontroláveis; as mudanças de temperatura levam as borboletas a migrar mais cedo, antes da floração das plantas do gênero Asclepias; as tempestades e episódios de tempo severo afetam milhões de borboletas.

Anna Walker, especialista na espécie e que conduziu a avaliação, acredita ainda assim que existe esperança: “Tantas pessoas e organizações têm-se juntado para tentar proteger esta borboleta e os seus habitats, desde a plantação de Asclepias e a redução do uso de pesticidas ao apoio na proteção dos abrigos de inverno e contribuições para a ciência cidadã. Todos temos um papel para que seja certa a recuperação total deste inseto icônico.”

Mais tigres do que se pensava

Por sua vez, a população mundial de tigres que vivem na natureza foi revista, com um aumento de 40 % desde a última vez que a situação foi avaliada, em 2015. Atualmente, segundo a IUCN, vivem em liberdade entre 3.726 e 5.578 tigres.

“Este é o resultado de melhorias na monitorização, o que mostra que há mais tigres do que se pensava anteriormente, e o número de tigres está estável ou a aumentar”, afirma a organização. Embora a espécie continue a ser considerada Em Perigo, “as tendências populacionais mostram que projetos como o Programa Integrado de Conservação de Habitats do Tigre, da IUCN, têm sucesso e a recuperação é possível desde que os esforços de conservação continuem”.

A caça ilegal de tigres e das suas presas, tal como a fragmentação e destruição dos habitats, devido às pressões da agricultura e do desenvolvimento urbano, são as principais ameaças para a espécie.

Fonte: Wilder