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Consumo de comida humana está afetando os ursos selvagens

O urso-negro é encontrado do Alasca ao Norte do México. Foto: Pixabay

À medida em que habitats são destruídos, fomentando uma maior aproximação e interação das espécies animais com os seres humanos, começam também a se desenvolver mudanças na rotina das mesmas. A alimentação é um bom exemplo.

Um estudo da North Carolina State University e da Northern Michigan University, ambas nos Estados Unidos, decidiu avaliar o impacto que a comida humana tem nos ursos-negros (Ursus americanus) selvagens. O grupo recolheu amostras de pelo e do intestino de 35 ursos, de maneira a, em primeiro lugar, compreender a sua dieta a longo prazo, mas também identificar os micróbios presentes no microbioma intestinal de cada animal.

“Neste estudo específico, queríamos saber como os alimentos humanos influenciam o microbioma intestinal dos ursos-negros”, afirma Sierra Gillman, uma das autoras do estudo.

Os resultados demonstram que quanto e durante mais tempo os ursos selvagens consomem alimentos processados, menor é a diversidade de espécies microbianas e de diversidade filogenética.

Além dos restos de comida que os ursos possam encontrar, um grande fator que contribui para este feito são as iscas dos caçadores, que são colocadas em determinados locais das florestas durante grandes períodos de tempo.

“Se a biodiversidade intestinal sofre quando os ursos começam a consumir mais comida humana, isso aumenta a possibilidade de ser mais difícil para os ursos variar o valor nutricional dos alimentos não humanos caso voltem a ter uma dieta ‘selvagem’”, explica a pesquisadora Erin A. McKenney.

O estudo sugere que para realmente protegermos as espécies, é preciso termos em conta o impacto que as atividades humanas têm na sua diversidade microbiana.