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Doença rara relacionada ao ebola mata porcos domésticos: é prejudicial para os humanos?

Peste Suína Africana é ameaça. Foto: Pixabay

A Alemanha é o país mais recente a relatar o vírus da peste suína africana (PSA) em seus porcos. No entanto, embora o vírus seja letal para porcos, é improvável que seja prejudicial para as pessoas.

Especialistas em saúde alemães afirmam que é improvável que o vírus que causa a peste suína africana afete as pessoas, mesmo que consumam carne de animais doentes. No entanto, a garantia vem na sequência da descoberta do vírus em muitas fazendas de suínos em todo o país, o que é um desenvolvimento preocupante, visto que o PSA é extremamente infeccioso e mortal em porcos domésticos.

Ao longo dos anos do vírus, nenhum caso de contágio humano foi detectado. Mesmo quando consumido por uma pessoa, não há efeitos para o corpo humano.

O vírus conhecido não é o único vírus vivo que afeta as qualidades dos porcos. Recentemente, houve um grupo internacional de vírus relacionados ao PSA que foi encontrado no Oriente Médio e na Espanha.

Esse vírus não deve ser desprezado e, conforme detectado pelos pesquisadores, a sequência mostra maior diversidade genética do novo grupo. Isso aponta a possibilidade de contração humana no futuro, se não for estudado adequadamente. A possibilidade de infecção humana pelo vírus PSA será um problema se não for detectada.

Origem da peste suína africana

A peste suína africana (PSA) é uma doença altamente contagiosa, causada por um vírus composto por DNA fita dupla, pertencente à família Asfarviridae.

A doença não acomete o homem, sendo exclusiva de suídeos domésticos e asselvajados (javalis e cruzamentos com suínos domésticos).

A PSA tem sido observada desde o início do século 20 no sul e leste africanos e inicialmente era caracterizada pelos aspectos clínico-patológicos semelhantes à peste suína clássica (PSC). No entanto, posteriormente foi observado que as duas enfermidades são distintas.

A suspeita inicial da enfermidade baseia-se principalmente na observação dos sinais clínicos de doença hemorrágica. Porém, o uso de técnicas laboratoriais, como as moleculares, é imprescindível para a confirmação do diagnóstico.

Em setembro de 2018, o vírus da PSA foi detectado em suínos de subsistência na China e na Romênia e em javalis na Bélgica. Nestes surtos, a fonte comum de infecção foram restos de alimentos contendo produtos não cozidos, derivados de suínos, contaminados com o vírus.

A PSA é uma doença de notificação obrigatória aos órgãos oficiais nacionais e internacionais de controle de saúde animal, com potencial para rápida disseminação e com significativas consequências socioeconômicas, calculadas em cerca de 5,5 bilhões de dólares apenas no Brasil.

Não existe vacina ou tratamento para PSA.

Fonte: Natural World News e Embrapa