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Espécies ameaçadas de extinção são avistadas em programa ambiental na divisa de SP e MG

Avistamento dessas espécies ameaçadas é ótimo bioindicador. Foto: Ibama/Reprodução

O Programa de Conservação do Mutum de Penacho (Crax Fasciolata) e Aracuã (Ortalis Remota), estabelecido pelo Licenciamento Ambiental do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) como condicionante para o funcionamento da UHE (Usina Hidrelétrica) Marimbondo, identificou indivíduos desses animais ameaçados de extinção na área de influência do empreendimento. Segundo o Ibama, o avistamento destes animais é um ótimo bioindicador e sugere que no entorno do reservatório há fragmentos florestais com boas condições ambientais. A usina fica em Rio Grande, na divisa dos estados de São Paulo e Minas Gerais, e é de responsabilidade da empresa Eletrobrás/Furnas.

No último ano, em quatro campanhas do programa de monitoramento promovido pela UHE, Mutuns de penacho e Aracuã-paulista foram avistados 39 e duas vezes, respectivamente. O programa busca dar atenção especial às espécies-alvo para obter dados mais precisos sobre seu desenvolvimento na região. O empreendimento está em operação há muitos anos e já passou por diversas fases de levantamento de fauna terrestre, mas foi a partir da última renovação da Licença de Operação, em 2019, que o acompanhamento específico desses animais foi solicitado.

Monitoramento para conservação da fauna

De acordo com o Ibama, o Programa de Monitoramento e Conservação da Fauna Terrestre faz parte da gestão ambiental de UHEs e tem, em regra, como principal ação, o levantamento das espécies do entorno dos reservatórios. Outro objetivo é a conservação da fauna, visto que, além do monitoramento, o empreendedor deve executar ações práticas para o desenvolvimento e proteção dos animais silvestre na área.

Em paralelo, ocorre restauração florestal utilizando métodos para atração da fauna, como plantio de espécies frutíferas/floríferas, instalação de caixas ninho para abrigo e reprodução de determinadas espécies e fomento a criação de colmeias de abelhas nativas polinizadoras.

Os empreendedores também devem realizar ações educativas com a população local para evitar queimadas, caça e captura de animais silvestres, soltura de animais domésticos ou exóticos, entre outros temas.

Fonte: Ibama.