De acordo com pesquisadores de neurociência da Universidade de Oxford, as características físicas, cheiros, sons e expressões que os filhotes manifestam são inteiramente destinadas a garantir que sejam cuidadas, não apenas por seus pais, mas por qualquer outro mamífero. Então sim: filhotes de mamíferos são adoráveis para garantir sua sobrevivência.
Este é o efeito que um gatinho, cachorrinho ou mesmo um bebê hamster causa: eles são irresistivelmente adoráveis. Bebês humanos também são. De que outra forma eles sobreviveriam? Filhotes de mamíferos, por definição, são seres muito vulneráveis e muito exigentes de apoio. E os humanos: aqueles que, até os três anos de idade, não podem ser minimamente autossuficientes e exigem todo tipo de atenção e carinho.
A natureza é sábia, por isso busca a máxima sobrevivência das espécies que a povoam. Para os cientistas, essa afirmação de “adorabilidade” faz de qualquer mamífero um possível protetor da prole dos outros. Os mamíferos, em sua maioria, são gregários, vivem em bandos, buscam adicionar membros ao grupo e uma vez que conseguem simpatizar com um filhote, assimilam-no como seu próprio (estilo Tarzan).
Portanto, não é estranho ver como uma cadela criou um gatinho como seu, ou mesmo como uma vaca considera um cordeirinho como seu próprio filho. A lei da natureza determina que, se você encontrar um filhote perdido, ele se tornará seu filhote. “Mas como isso pode acontecer em um mundo cheio de perigos, fome e traços territorialistas?”, questionam os cientistas. Fácil, segundo eles: com a beleza dos bebês, a fofura dos cachorrinhos e as vozes agudas das crianças. Somos programados, como os mamíferos, para nos apaixonarmos quando vemos um cachorrinho de poucos meses, um gatinho que não é maior que um novelo de lã ou um bebê que não conhecemos antes, mas que baba e sorri para nós.