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Ibama acompanha soltura de aproximadamente 15 mil filhotes de peixes marinhos no Rio Grande do Sul

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) acompanhou a soltura de aproximadamente 15 mil filhotes de peixes marinhos miragaia (Pogonias courbina, Pogonias cromis) neste mês de dezembro. Os alevinos foram reintroduzidos ao seu habitat natural em algumas regiões do Rio Grande do Sul: na orla da praia do Cassino e no estuário da Lagoa dos Patos (na ilha dos Marinheiros e na ilha da Torotoma), localizados no município de Rio Grande, e também nos municípios de Pelotas e São José do Norte.

Vale destacar também que esses juvenis de miragaia foram cuidados por uma equipe de mais de 20 pessoas, envolvendo profissionais, estudantes do Programa de Pós-Graduação em Aquicultura, bem como bolsistas de iniciação científica dos cursos de Oceanologia e Biologia da Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Além disso, a Divisão TécnicoAmbiental do Ibama no Estado (Ditec/RS) constatou a vitalidade dos peixes e a não ocorrência de mortalidade pós-soltura imediata.

A técnica que foi utilizada para a obtenção dessas larvas consiste no seguinte: os peixes marinhos (machos e fêmeas adultos) são capturados e transferidos para o Laboratório de Piscicultura Estuarina e Marinha da Universidade Federal do Rio Grande – FURG (Lapem). Lá, eles passam entre seis meses a um ano se aclimatando (ou seja, passam por processo de adaptação a novas condições climáticas, biológicas, naturais, etc.), são alimentados, passam por um controle de temperatura, de exposição a luz, para que as condições de laboratório sejam semelhantes com as condições do ambiente natural. Após esta climatização, eles desovam naturalmente em tanques de reprodução.

Outro ponto a ser enfatizado é que existe um tanque específico para cada fase desses alevinos de miragaia. Primeiramente, os ovos fertilizados foram acondicionados em tanques para a eclosão das larvas. Depois, eles foram transferidos para tanques de larvicultura com adição de alimento vivo, que gradualmente vai sendo substituído por alimento inerte. E, só após atingirem o tamanho adequado, é que eles são transferidos para os tanques de criação e engorda.

Segundo o responsável pelo Lapem, o oceanógrafo Luís André Sampaio, as larvas de miragaia são criadas até o estágio juvenil, pois é a fase mais adequada para o repovoamento do ambiente natural com esses habitantes nativos da região costeira e do estuário da Lagoa dos Patos.

Fonte: Ibama