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Latam retoma transporte de pets após serviço ter sido suspenso por morte de cão

Serviço de transporte de pets tinha sido suspenso em outubro. Foto: Pixabay

A Latam Airlines retomou na última quinta-feira (15) a venda do serviço do transporte de pets, que havia sido suspenso em outubro depois que dois cães morreram após voos pela companhia. Com o apoio de uma parceria realizada com a ONG Ampara Animal, a empresa aérea fez uma revisão em todos os seus protocolos de embarque dos animais.

“Daremos toda assessoria técnica, baseada na ciência do bem-estar animal, na ética, na lei e nos exemplos nacionais e internacionais para indicarmos as melhores práticas possíveis que possam corroborar com uma nova política no transporte de cães e gatos pela Latam”, prometeu Juliana Camargo, presidente da ONG em nota à imprensa. De acordo com informações do “UOL“, veja o que muda:

Idade mínima de quatro meses

Anteriormente, o animal precisava ter ao menos 8 semanas para viajar. Agora, o mínimo é de 16 semanas (cerca de 4 meses) para viajar na cabine ou compartimento inferior via aeroportos; e 8 semanas para transporte Latam Cargo no compartimento inferior. Neste último caso, o cão ou gato só pode embarcar em voos diretos e em horários limitados para evitar picos de calor. Além disso, é necessário apresentação de atestado médico veterinário confirmando que o pet já foi desmamado há pelo menos sete dias.

Caixa de transporte

Antes a Latam dizia seguir a orientação da IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo). O que isso significava na prática? O transporte no compartimento inferior das aeronaves deveria ser feito em um kennel de altura suficiente para que o animal ficasse de pé com uma distância de cinco centímetros até o teto e com largura suficiente para que ele pudesse dar um giro em torno do próprio corpo. Em caso de viagem na cabine, o traslado poderia ser feito no kennel ou em bolsa flexível.

Agora, o padrão mudou. Animais só poderão embarcar no compartimento inferior via Latam Cargo em caixas de transporte de fibra de vidro, plástico rígido e madeira, em caso de animais de grande porte, do tipo kennel modelo 82. Para viajar no mesmo compartimento via aeroporto, serão apenas aceitas as caixas de fibra de vidro e plástico rígido. Já nas cabines, serão aceitas as de plástico rígido e as bolsas flexíveis. Todas devem conter compartimento de comida e bebedouro com água que possam ser acessados pelo lado de fora.

Uma porção do alimento deve ser entregue pelo tutor em uma bolsa ou outro recipiente ao time da companhia aérea, para que possa ser anexado à caixa com instruções de alimentação caso aconteça alguma alteração no itinerário do voo que leva o pet.

Cães braquicefálicos

Além disso, a Latam divulgou que exigirá atestado médico veterinário do modelo “Fit to Fly” da IPATA (Associação Internacional de Animais e Pets) para transporte de animais braquicefálicos, ou seja, aqueles que tem a cabeça em formato achatado. Cães de raças como pug, buldogue, pequinês, shitzu e o lhasa apso costumam ter este formato de crânio. Eles só poderão viajar através do serviço Latam Cargo, em voos diretos entre 10h e 18h, com idade mínima de 16 semanas em um kennel grande.

Novas regras para o voo e espera

A companhia ainda prometeu diminuir os tempos de espera e deslocamento dos animais. Só serão permitidas as viagens de pets com conexões em casos em que o intervalo entre origem e destino seja de, no máximo, sete horas. Itinerários terão duração máxima de 24 horas e pets não poderão mais pernoitar nos aeroportos e terminais de carga da Latam.

Ainda segundo a empresa, foram criados mais pontos de checagem em todo o processo de transporte, que inclui terminal, aeroporto e pista, para checar o bem-estar do viajante animal. Os percursos entre cada um destes pontos também teriam sido reduzidos de acordo com metas específicas de cada aeroporto.

A Latam ainda alegou ter novos planos de contingências para lidar com imprevistos que aconteçam com os animais, mas não detalhou como eles funcionarão.