
Cerca de 250 elefantes serão transferidos até ao final de julho para o Parque Nacional Kasungu, no Malawi, na África, onde a espécie passou de 1.200 espécimes para cerca de 50. Os elefantes haviam praticamente desaparecido devido à caça furtiva de marfim.
“A caça furtiva diminuiu e o número de elefantes aumentou, e já existem 120 desses animais. Mas a população ainda é muito baixa para ser viável. A introdução de mais 250 elefantes vai mudar o cenário”, afirmou Patricio Ndadzela, do Fundo Internacional para a Proteção dos Animais (IFAW) no Malawi.
No parque nacional de Liwonde, a caça furtiva praticamente desapareceu e os elefantes estão agora em superpopulação.
Outros animais também serão transferidos, como búfalos, impalas e javalis.
Em 2016 e 2017, 520 elefantes foram deslocados do parque Liwonde para aliviar a pressão no habitat e reduzir os conflitos com humanos.
“O número de elefantes aumenta, o que pressiona os recursos naturais do parque e cria situações de conflito com as comunidades locais”, apontou a African Parks, uma organização de proteção à natureza, no mesmo comunicado.
O Malawi é lar de cerca de 2.000 elefantes. O sul da África reúne 70% da população do continente.
Alguns países da região, como o Zimbábue, onde a população de elefantes aumentou e elevou o índice de acidentes fatais com humanos, exigem o levantamento da proibição global do comércio de marfim.