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Poluição influencia no crescimento de árvores da Floresta Amazônica, revela estudo

As árvores da Floresta Amazônica crescem menos do que deveriam, revela estudo. Foto: Canvas

Com o aumento da poluição do ar e o CO2, dióxido de carbono, cada vez maior na atmosfera, as árvores da Floresta Amazônica crescem menos do que deveriam. E por quê? Os principais responsáveis são os baixos níveis de fósforo no solo.

Isso é o que mostra uma pesquisa de várias instituições científicas liderada pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. O artigo está publicado na revista científica Nature e tem autoria principal da engenheira florestal e doutoranda em Ciências de Florestas Tropicais, Hellen Cunha.

Ela explica que o experimento detectou um melhor crescimento das árvores, depois que nutrientes foram colocados artificialmente. E foi possível observar que a florestasofria pela “severa limitação do fósforo”.

Segundo ela, depois que o fósforo foi aplicado no solo da floresta, o crescimento ocorreu de forma rápida: a produção de raízes aumentou quase 30%, e do dossel (a parte dos galhos e folhas), 19%.

Hellen Cunha acrescenta que esse baixo teor de fósforo torna a floresta tropical menos resiliente e menos capaz de lidar com mudanças climáticas, provocadas pelo excesso de poluentes na atmosfera, a partir da queima de combustíveis fósseis ou do desmatamento.

De acordo com a pesquisadora, as árvores têm capacidade de retirar o dióxido de carbono da atmosfera, melhorando a qualidade do ar. Esse processo faz com que as plantas acelerem o próprio crescimento enquanto desaceleram os efeitos das mudanças climáticas. Como solução para o baixo crescimento das florestas, Hellen Cunha sugere políticas públicas de proteção das florestas e de combate ao desmatamento.

Fonte: Agência Brasil