O Parque Estadual de Dois Irmãos, localizado na zona norte do Recife (PE), recebeu oito novos répteis, na última terça-feira, sendo duas Iguanas e seis serpentes. Os animais são nativos da Mata Atlântica e da caatinga, chegaram ao zoo através do Projeto Selva Viva, em São Paulo, e passam por período de quarentena no Parque. Em compensação, oito animais se despediram do zoo.
Segundo o secretário de Meio Ambiente, José Bertotti, a chegada desses animais atende ao novo Plano Diretor do zoo, que tem o objetivo de atuar na preservação da biodiversidade local. “Estamos começando a colocar em prática o plano de populações do zoológico, que muda o perfil de animais abrigados aqui e potencializa os instrumentos disponíveis para proteger a riqueza natural do nosso estado da extinção. São ações que visam à conservação da fauna da Caatinga, Mata Atlântica e das zonas de transição da Mata Atlântica”, disse Bertotti.
Das serpentes recebidas, quatro são jibóias naturais da Mata Atlântica. De acordo com o zoo, as outras são salamantas da Caatinga. “Todos os novos moradores do zoológico do Recife passaram, sem sucesso, por processos de reabilitação no Projeto Selva Viva, que apoia órgãos ambientais nesta área. Esses animais foram resgatados em criadouros ilegais e apresentaram comportamentos incompatíveis para a soltura na natureza, pois se acostumaram com a presença e a manipulação feita por humanos”, explicou a Semas.
Animais exóticos
Por outro lado, o zoológico se despediu de oito animais exóticos. Essa medida, ainda segundo a Semas, também dialoga com ações do novo Plano Diretor. “De forma parceira, foram transferidas duas cobras píton, originárias da Ásia, e seis Tartarugas-da-Amazônia, para o Projeto Selva Viva. As espécies silvestres seguiram em caixas apropriadas ao transporte para a sede da instituição em Taubaté, São Paulo. Segundo a secretaria, a entidade é devidamente regularizada e capaz de fornecer condição de bem-estar aos bichos.
“Com o plano de populações do zoológico do Recife, o perfil de animais abrigados muda, ocorrendo a saída de algumas espécies e a chegada de outras. A perspectiva é que permaneçam no espaço apenas os indivíduos nativos da Caatinga, Mata Atlântica e zonas de transição da Mata Atlântica”.
O plano divide os animais em quatro categorias: Adoção (a serem transferidos para outras instituições, integrando programas de adoção); Acolhimento (apenas manutenção); Embaixador (reprodução conforme necessidade dos programas de conservação); e Foco (integrantes dos programas de revigoramento populacional).
Fonte: Diário de Pernambuco