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UFPR confirma novo coronavírus em dois cães de Curitiba

A UFPR (Universidade Federal do Paraná) confirmou na última segunda-feira a presença do novo coronavírus (Sars-CoV-2) em dois cães de Curitiba: um da raça buldogue francês e um sem raça definida. Estes são os primeiros casos identificados no Brasil, junto ao estudo multicêntrico coordenado pela UFPR, que irá examinar amostras de cães e gatos em seis capitais – Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Recife (PE), São Paulo (SP) e Cuiabá (MT).

No último mês, a equipe do projeto já havia identificado a presença do vírus em uma gatinha de Cuiabá, detectada pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso).

Coordenador do estudo, Alexander Biondo afirma que os animais podem se infectar pelo vírus Sars-CoV-2, inclusive cães e gatos, mas isso não equivale a dizer que eles desenvolvem a doença ou são transmissores.

Segundo estudos já publicados, gatos podem se infectar e transmitir para outros gatos, mas não há dados para cães. O professor ainda reforça que o contato mais íntimo entre humanos e pets pode infectar os bichinhos, sendo indicado o distanciamento e o uso de máscara em caso de confirmação para tutores que testarem positivo.

Cães infectados

De acordo com a universidade, o primeiro caso foi detectado em um cão macho, adulto, da raça Bulldog Francês, cujo tutor, de Curitiba, testou positivo para Sars-CoV-2 na última semana, sem saber onde se infectou. Ele percebeu uma discreta secreção nasal no animal, que dorme na mesma cama que ele. Num segundo teste, o tutor deu negativo, mas o cão estava positivo, já com uma quantidade pequena de vírus no organismo. No segundo teste realizado com o buldogue no dia seguinte, o animal também negativou.

O segundo caso foi de um cão macho, adulto, sem raça definida, cuja tutora também testou positivo. Ela relatou aos pesquisadores que seus quatro cães, que dormem na cama com ela, tiveram discretos episódios de espirros. Todos os moradores humanos da casa testaram positivo e, dentre os quatro cães, apenas um confirmou a presença do vírus.

Segundo o coordenador do estudo, estes dados serão registrados junto ao Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Todas as amostras estão sendo enviadas para confirmação no TECSA Laboratório Animal, para que sejam testadas em outro laboratório de referência.

Apesar dos primeiros resultados positivos, não existe nenhum caso confirmado de cães e gatos transmissores do vírus ou com registro da doença covid-19.

Projeto

O projeto em andamento coordenado pela UFPR em seis capitais terá dois momentos de avaliação, com amostras biológicas coletadas com intervalo médio de sete dias, entre animais cujo tutor esteja em isolamento domiciliar, com diagnóstico laboratorial confirmado por RT-qPCR ou resposta imunológica apenas por IgM.

Fonte: UFPR