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UICN classifica elefantes africanos como Em Perigo e Criticamente Em Perigo

Os elefantes de África têm um papel crucial nos ecossistemas. Foto: Pixabay

Pela primeira vez, o elefante africano da savana e o elefante da floresta foram tratados como espécies diferentes numa nova atualização da Lista Vermelha das espécies da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

Depois de décadas de perseguição e caça ilegal, por causa do marfim, e de perda de habitat o elefante africano da floresta tropical (Loxodonta cyclotis) está agora classificado como Criticamente Em Perigo e o elefante africano da savana (Loxodonta africana) está Em Perigo, na Lista Vermelha da UICN, que foi atualizada no último domingo.

Estima-se em cerca de 415 mil elefantes a população continental africana das duas espécies combinadas.

Antes desta atualização, os elefantes africanos eram tratados como uma única espécie, classificada como Vulnerável. Esta é a primeira vez que as duas espécies foram consideradas separadamente para a Lista Vermelha da UICN, seguindo o aparecimento de novas provas genéticas.

Hoje, a Lista Vermelha tem 134.425 espécies. Destas, 37.480 estão ameaçadas de extinção.

“Os elefantes de África têm um papel crucial nos ecossistemas, nas economias e na nossa imaginação coletiva, por todo o mundo. As novas avaliações da Lista Vermelha de ambas as espécies de elefantes africanos sublinham as pressões contínuas que estes icônicos animais enfrentam”, disse, em comunicado, Bruno Oberle, director-geral da UICN.

Declínio da população de elefantes

Esta última avaliação no âmbito da Lista Vermelha da UICN chama a atenção para o declínio em larga escala do número de elefantes africanos por todo o continente. O número de elefantes africanos da floresta tropical caiu mais de 86% num período de 31 anos; a população de elefantes africanos da savana registou um declínio de, pelo menos, 60% nos últimos 50 anos.

Ambas as espécies sofreram declínios acentuados desde 2008 devido a um aumento significativo da caça furtiva, que atingiu um pico em 2011 mas que continua a ameaçar esses animais.

Outra ameaça é a conversão do seu habitat, principalmente para agricultura.

Os elefantes africanos da floresta tropical vivem nas florestas tropicais da África Central e em vários habitats da África Ocidental. Raramente se sobrepõem aos territórios dos elefantes africanos da savana, que prefere zonas mais abertas da África sub-saariana.

Fonte: Wilder.pt