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O maior sistema de recifes de corais do mundo – a Grande Barreira de Corais, na Austrália -, de acordo com a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), deve ser adicionado à lista de patrimônios mundiais “em perigo” na reunião do Comitê do Patrimônio Mundial no próximo mês.
A recomendação gerou uma enxurrada de ações do governo australiano, com Sussan Ley, a ministra do Meio Ambiente, afirmando que ela já havia chamado a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, juntamente com a ministra das Relações Exteriores Marise Payne.
Especialistas dizem que, se o comitê seguir a sugestão, será a primeira vez que um patrimônio natural da humanidade será listado como “em risco” devido às consequências das mudanças climáticas.
Desde a última vez que o comitê examinou o recife em 2015, o aquecimento global induzido pela queima de combustíveis fósseis elevou a temperatura dos oceanos, resultando em três episódios de branqueamento em massa no recife de 2.300 km.
Ley afirmou que o governo “rejeitará vigorosamente” a sugestão, afirmando que os funcionários ficaram “chocados” com o que ela descreveu como um “retrocesso nas promessas anteriores” dos funcionários da ONU de que a mudança não seria feita este ano.
Patrimônios Mundiais
As mudanças climáticas têm matado os corais. Durante o El Niño, em 2016, a água quente ameaçou os corais da Grande Barreira de Corais.
Os patrimônios mundiais são símbolos mundiais, e designações “em perigo” são frequentemente propostas como resultado de conflitos armados e guerra, poluição, caça furtiva e urbanização descontrolada.
De acordo com o estudo da UNESCO, uma reforma da estratégia primária de recifes da Austrália, o plano recife 2050, deve “incluir completamente” os resultados de uma revisão governamental significativa, que concluiu que “ações rápidas em todos os níveis concebíveis são necessárias para enfrentar o perigo das mudanças climáticas”.
Apesar dos esforços e realizações dos governos estadual e federal, os principais objetivos para melhorar a qualidade da água não foram cumpridos, segundo o estudo.
Fonte: Natural World News