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Esporotricose felina: cuidados e prevenção

O fungo Sporothrix schenckii encontra-se na natureza e se aproveita de feridas na pele para entrar no organismo dos felinos.
Fotos: Pixabay

Gatos que apresentam feridas e lesões na pele que não cicatrizam com facilidade ou pioram merecem toda vigilância e cuidados do tutor. Principalmente, no caso dos bichanos mais aventureiros, que têm o costume de dar suas voltinhas fora de casa. Eles podem ser ferir por diferentes motivos, seja por objetos, brigas com outros animais e doenças na pele, entre outros. Mas, por vezes, o tutor pode nem perceber a evolução do que parecia ser um simples machucado para uma grave infecção, como no caso da esporotricose.

Causada pelo fungo Sporothrix schenckii,  que se aproveita de feridas na pele para entrar no organismo dos felinos, a esporotricose é uma micose que pode afetar animais (cães e coelhos também são vulneráveis) e humanos. Por isso é uma zoonose. “Esse fungo encontra-se na natureza, no solo, vegetais, madeira, palha, matéria orgânica em decomposição e etc.”, explica o veterinário André Mello, da clínica Estética Canina Vet Center e colunista da seção Fale com o Vet do portal Meus Bichos.

No homem, o fungo penetra na pele, de forma acidental, como farpa ou espinho, ou traumática, como pancada ou esbarrão. No caso dos animais, o Sporothrix fica sob as unhas e a região da boca e nariz, e um pequeno arranhão ou mordedura também é suficiente para que ele seja inoculado na pele.

“O contágio nos humanos ocorre por lesão em objetos contaminados, arranhadura ou mordedura de gatos com a doença e também pelo contato com a terra contaminada. Logo, devemos ter cuidado ao manusear jardins e terra por onde passam gatos, e sempre usar luvas e lavar bem as mãos, pois se houver felinos doentes, eles serão fonte de contaminação”, destaca o veterinário.

Castração é recomendável

O gato, que é o animal mais sensível à esporotricose, adquire a doença por meio de materiais contaminados, através do contato direto com felinos contaminados, como em brigas, no ato do acasalamento ou quando o animal tem acesso à rua e aos jardins da vizinhança (terra contaminada, por ex.). “Portanto, recomenda-se a castração do animal e controlar o acesso do bichinho a ambientes externos”, orienta André Mello.

“A doença se inicia com o surgimento de feridas ulceradas na pele, ou seja, profundas e com pus, geralmente na face e nos membros, como nas extremidades das patinhas, que evoluem rapidamente para o restante do corpo”, detalha André. São feridas que não saram com pomadas ou medicamentos tradicionais e também não costumam causar dor ou coceira.

Nos humanos, segundo o profissional, na maioria das vezes os sintomas se apresentam como lesões avermelhadas, parecendo picada de insetos ou carocinhos. Geralmente nos braços, nas pernas ou no rosto. “Essa ferida pode desaparecer ou aumentar de tamanho e vir acompanhada de outras lesões enfileiradas. Podem surgir ainda dores articulares, febre e outros sintomas gerais”, complementa.

Os cães e os coelhos também podem transmitir a esporotricose por arranhadura e esses animais não precisam estar potencialmente doentes para alastrar. A transmissão pode ocorrer entre os animais, principalmente durante as brigas.

Considere a castração para evitar os instintos do animal e controle o acesso do pet a ambientes externos

Há tratamento, por isso não abandone ou sacrifique o animal

De acordo com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), desde o final da década de 1990, no Estado do Rio de Janeiro, tem sido grande a ocorrência da doença em animais, especialmente em gatos. Mas há tratamento. Por isso, o bichinho não deve ser abandonado, maltratado ou sacrificado em caso de suspeita. Aliás, o animal ser abandonado multiplica a chance de ele espalhar a doença.

O diagnóstico pode ser feito na maioria das clínicas veterinárias. Caso suspeite que seu animal de estimação está com a doença, procure um médico veterinário para receber orientações sobre como cuidar dele sem correr o risco de ser também contaminado. “A esporotricose no gato tem tratamento, mas é importante não deixar agravar o quadro e interromper o mesmo, pois a evolução da doença pode levar o animal à morte”, alerta André Mello.

“O tratamento é realizado com drogas antifúngicas por tempo prolongado e geralmente apresenta bons resultados, quando é realizado em tempo hábil”, completa.

Segundo a Fiocruz, dependendo do caso, o tratamento pode durar meses ou mais de um ano. E frisando: é muito importante que o tratamento seja seguido à risca.

Há atendimentos de baixo custo e alguns gratuitos. No Rio de Janeiro, o animal pode ser encaminhado à Unidade de Medicina Veterinária da Prefeitura, que presta atendimento de segunda a sexta-feira, com distribuição de números por ordem de chegada. Para mais informações acesse: www.1746.rio.gov.br ou ligue para o 1746 da prefeitura.

Como evitar a transmissão

-A boa higienização do ambiente, seja casa ou terreno, reduz os riscos de transmissão do fungo para outros animais e até mesmo os humanos.
-Não faça curativos locais e não banhe gatos com a doença.
-Trate e isole o gato doente do contato com outros animais. Separe-o num ambiente próprio, para que receba os cuidados de que necessita sem comprometer a saúde dos outros bichos da casa.
-Limpe o ambiente ao manipular gatos doentes.
-Use luvas descartáveis ao manipular um animal com qualquer tipo de lesão na pele e lave bem as mãos.
-Evite o acesso de animais sadios e doentes a ambientes externos, impedindo assim o contato com outros animais e com o ambiente que poderá estar contaminado com o fungo.
-É imprescindível cremar o animal morto por esporotricose e não descartar o corpo em rios ou enterrá-lo, pois o fungo sobrevive bem na natureza, podendo se espalhar pelo solo e contaminar outros animais.
-Considere a castração para controlar os instintos do animal e prevenir outras doenças.
-Leve seu pet regularmente ao veterinário para check-ups.

Onde comunicar que há casos de esporotricose na região onde moro?

Ao Centro de Controle de Zoonoses do seu município. No Rio de Janeiro, o telefone é (21) 3395-1595. Caso não exista um setor como esse no seu município, a Fiocruz indica comunicar o caso à Secretaria de Saúde, pois trata-se de uma zoonose.

No Rio, outro contato pode ser feito com a Vigilância Sanitária, pelo telefone 1746 ou no site: www.1746.rio.gov.br

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