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Dentição canina e higiene bucal

Os cães têm uma primeira dentição, chamada de leite. Quando adultos, eles possuem 42 dentes.
Fotos: Canva.com

Como todos os animais carnívoros, os cães possuem uma dentição notavelmente adaptada à alimentação. Caracteriza-se pelo desenvolvimento excepcional dos caninos e de alguns molares – os carniceiros -, proporcionando ao conjunto uma eficácia temível para pegar e cortar os alimentos.

O cachorro adulto tem 42 dentes, ou seja, a cada meia mandíbula três incisivos, um canino, quatro pré-molares, dois molares na arcada superior e três na arcada inferior. Os incisivos são pequenos e têm uma função menor; os incisivos centrais são chamados de “pinças”; os mais laterais ainda são chamados de “cantos”.

Após os caninos, os pré-molares e molares são frequentemente chamados de pré-carniceiros, carniceiros e pós-carniceiros, a fim de salientar a importância deste par de dentes constituído do quarto pré-molar superior e do primeiro molar inferior. De fato, esses carniceiros, verdadeiras tesouras naturais, são os mais importantes no cão doméstico, pois os caninos não lhe servem mais para matar as presas.

Pré-carniceiros e carniceiros têm a função de seccionar; os pós-carniceiros têm mais a função de esmagar – são igualmente identificados como “esmagadores”. Carniceiros e superiores e esmagadores têm três raízes divergentes que os tornam mais difíceis de serem arrancados do que outros dentes, em caso de abscesso.

FASES DA DENTIÇÃO

Como todos os mamíferos, os cães têm uma primeira dentição, chamada de leite (32 dentes), que se renova. Por outro lado, o desgaste lhes confere uma morfologia que evolui. A troca de dentes e a alteração dos incisivos constituem a base para determinar a idade do cão.

Outrora muito utilizada, essa prática tende a diminuir por sua imprecisão. Ela só permanece interessante no filhote, pois apenas os períodos de erupção e de troca dos dentes são verdadeiramente confiáveis, quaisquer que sejam as raças ou os animais. De fato, o desgaste depende muito do tipo de cão e da alimentação: a alimentação líquida gasta menos os dentes.

DENTES, GENGIVAS E INFECÇÃO

Os dentes do seu cão são feitos para capturar e matar a presa, remover carne de carcaças e mastigar carne e fibras. Eles raramente têm a oportunidade de usar os dentes como deveriam, pois lhes damos rações industrializadas ou comida caseira. A infecção da gengiva, causa do “bafo do cachorro”, pode se espalhar pela corrente sanguínea para outros órgãos.

Boa nutrição e higiene oral podem prevenir doenças periodontais. Pergunte ao veterinário sobre alimentação ideal para seu cão, biscoitos, brinquedos para mastigar e como fazer a escovação oral (veja mais dicas de higiene a seguir).

Para a limpeza, use uma dedeira, uma escova de dentes pequena ou uma gaze enrolada no dedo

SUPERVISÃO DIÁRIA E LIMPEZA

O tártaro acumulado nas gengivas as inflama, causando mau hálito e a perda precoce dos dentes. Levante os lábios superiores do pet todos os dias e verifique se não há mau cheiro e se as gengivas estão saudáveis e cor de rosa. A placa dentária pode surgir muito rápido, especialmente nas raças pequenas.

Para a limpeza, use uma dedeira própria para este fim, uma escova de dentes pequena e de cerdas macias para pets (ou infantil) ou uma gaze enrolada no dedo. Passe um pouco de pasta dental específica (nunca use de uso humano) e massageie as gengivas, inicialmente pouco e aumente gradativamente. O fundamental é prevenir o acúmulo de tártaro nas gengivas. Não se preocupe se houver dentes amarelados, é normal. Periodicidade: duas a três vezes por semana.

Texto sob supervisão do veterinário Ernani de Castilho.

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