Passar a bola de um lado para o outro, nadar em zigue-zague, fazer manobras incríveis com o objetivo de afastar o adversário do campo até marcar o gol. Não estamos falando de uma partida de futebol comum, mas sim, de um esporte que tem tudo para conquistar os apaixonados por peixes ornamentais: o futebol de aquário.
Além de divertida, essa atividade proporciona benefício para a saúde dos peixes, estimulando suas funções físicas e orgânicas. “Esse tipo de distração faz com que qualquer animal que vive em um espaço limitado apresente um mínimo de estresse”, explica o veterinário Francisco Vilardo, especialista em peixes e animais selvagens.
Os peixes, assim como todos os animais, também podem ser treinados e conseguem executar determinados comandos de voz (os peixes ouvem), gestuais e luminosos. Mas a técnica de treino exige tempo, dedicação, repetição e premiação. “O principal cuidado nesse tipo de atividade é o conhecimento da biologia e da fisiologia do animal. É fundamental pesquisar sobre as espécies que podem viver em grupo, o habitat, se são peixes herbívoros ou carnívoros, se vivem mais no fundo ou na superfície da água”, enfatiza o veterinário.
Para incentivar os peixes a jogar futebol no aquário ou no tanque, utilize iscas congeladas, como uma bola. “Os peixes têm paladar e olfato. Pode ser usada uma fôrma redonda e, nela, colocar artêmia salina, enquitréias (com um pouco de água para ajudar a modelar) ou patês diversos. Uma vez congelada, a fôrma redonda permanece por um bom período flutuando por toda a altura da coluna d’água do aquário, proporcionada pela agitação que a filtragem produz. Nessa hora, os peixes partem para cima da ‘bola’, tentando pegar o seu quinhão de alimento, parecendo que estão disputando uma partida de futebol. Não há peixe que fique parado”, diz Vilardo.
A ESCALAÇÃO DO TIME
CICLÍDEOS. De todas as espécies de peixes conhecidas, os ciclídeos são os que mais aceitam o contato humano e também são considerados os peixes mais inteligentes. Os ciclídeos são carnívoros e territorialistas – não gostam de exemplares menores da mesma espécie e podem comer animais pequenos. O acará-bandeira, o acará-disco e o oscar (também chamado apaiari) são algumas espécies bastante populares.
COMUNITÁRIO. Barbos (todas as espécies) formando cardumes, neons, paulistinhas, um único grupo de espadas, platis e molinésias e corydoras são espécies de peixes de água doce que podem ser mantidas em um aquário comunitário. Peixes-palhaço (todas as espécies), donzelas (enquanto pequenas, quando adultas são territorialistas), yellow tang e hepatus são espécies que podem viver em comunidade em um aquário marinho.
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